Legisladores de ambos os partidos estão furiosos porque o Departamento de Justiça liberou apenas parcialmente os documentos Epstein, violando uma lei de transparência. Os documentos mostram omissões massivas e arquivos ausentes, incluindo uma foto com Trump.
Fúria bipartidária enquanto Justiça libera apenas fração dos dossiês Epstein
Legisladores de ambos os partidos expressam fúria sobre a liberação parcial de documentos de Jeffrey Epstein pelo Departamento de Justiça, acusando a agência de violar uma lei de transparência recentemente assinada. A Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, assinada pelo presidente Donald Trump em 19 de novembro de 2025, exigia que o procurador-geral liberasse todos os documentos não classificados sobre a investigação Epstein dentro de 30 dias. Em vez disso, a Justiça liberou apenas milhares de documentos—uma pequena fração das centenas de milhares coletados ao longo dos anos.
Legisladores acusam Justiça de proteger figuras poderosas
O deputado republicano Thomas Massie, que co-patrocinou a legislação com o deputado democrata Ro Khanna, afirmou diretamente: 'O Departamento de Justiça está violando a lei que aprovamos. Eles estão protegendo doadores ricos e amigos poderosos.' A dupla bipartidária está considerando ação do Congresso que poderia impor multas à procuradora-geral Pam Bondi para cada dia que os documentos completos não forem liberados.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, repetiu a crítica e disse a repórteres: 'A lei é cristalina: o governo Trump tinha trinta dias para liberar TODOS os documentos Epstein, não apenas alguns. Isso prova mais uma vez que a Justiça, Donald Trump e Pam Bondi estão fazendo de tudo para encobrir a verdade.'
Omissões massivas e arquivos ausentes
Os documentos liberados contêm omissões extensas, com centenas de páginas completamente censuradas e nomes de mais de 1.200 pessoas—incluindo vítimas e seus familiares—removidos. De acordo com relatórios da CBS News, pelo menos 15 arquivos desapareceram do site especial da Justiça após a publicação inicial, incluindo uma foto que mostra o presidente Trump com Epstein e sua cúmplice Ghislaine Maxwell.
O subprocurador-geral Todd Blanche explicou à NBC News que a foto foi removida devido a preocupações sobre as mulheres na imagem: 'Após liberar aquela foto, descobrimos que havia preocupações sobre aquelas mulheres na foto e, portanto, tiramos a foto do ar.' Ele enfatizou que nenhuma informação sobre Trump está sendo retida, a menos que exigida por lei, particularmente em relação a informações das vítimas.
Advogados das vítimas se juntam às críticas
Gloria Allred, advogada de várias sobreviventes de abuso de Epstein, disse à CNN: 'O sistema falhou com as sobreviventes. Alguns arquivos não foram censurados o suficiente—vi nomes e fotos de vítimas que deveriam ter sido omitidos, incluindo fotos de nudez. Isso é verdadeiramente inaceitável.' Allred revelou que a Justiça havia perguntado anteriormente quais de suas clientes queriam seus nomes omitidos.
Os documentos liberados contêm revelações perturbadoras de depoimentos do grande júri. Uma mulher testemunhou que levou 7-10 meninas do ensino médio, de 14 a 18 anos, para a casa de Epstein para massagens de natureza sexual, ganhando $200 por menina. Depoimentos do FBI descreveram como as vítimas foram instruídas a mentir sobre suas idades.
Contexto histórico do caso Epstein
Jeffrey Epstein, que morreu na prisão em 2019 aguardando julgamento por tráfico sexual, mantinha relações com inúmeras figuras poderosas, incluindo políticos, membros da realeza e líderes empresariais. Sua cúmplice Ghislaine Maxwell foi condenada em 2021 por seu papel em recrutar meninas para o abuso de Epstein. Os documentos recém-liberados confirmam que o FBI recebeu dicas sobre os crimes de Epstein já em 1996, levantando questões sobre por que as investigações demoraram tanto.
Enquanto a Justiça continua com o que chama de 'tarefa monumental' de revisar documentos, Blanche estimou que a liberação completa pode levar várias semanas. Enquanto isso, o Congresso parece pronto para aumentar a pressão sobre o governo para cumprir totalmente a lei de transparência aprovada com apoio bipartidário esmagador.
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