O Departamento de Justiça dos EUA liberou os primeiros documentos sobre Jeffrey Epstein sob a lei de transparência, com centenas de milhares de registros e referências a figuras de alto escalão.
Liberação histórica de documentos de Epstein começa após disputa política
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos começou a liberar os primeiros documentos sobre o condenado por crimes sexuais Jeffrey Epstein. Esta liberação ocorre sob a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, que exigia que os documentos fossem tornados públicos até 19 de dezembro de 2025.
O que há na primeira liberação?
A Justiça publicou várias centenas de milhares de documentos no site oficial sobre Epstein, divididos em quatro conjuntos de dados com fotos, relatórios policiais e documentos de investigação. Muitas fotos mostram interiores da residência de Epstein em Manhattan, incluindo seu quarto e arte de parede controversa, embora inúmeras imagens tenham sido fortemente censuradas com blocos pretos que escondem pessoas.
O Subsecretário de Justiça Todd Blanche declarou que 'centenas de milhares de documentos foram liberados hoje, com outras centenas de milhares a seguir nas próximas semanas'. O departamento alertou que alguns conteúdos contêm descrições de abuso sexual e que, apesar dos esforços para censurar informações pessoais, alguns conteúdos sensíveis podem permanecer visíveis.
Disputa política por transparência
A liberação tornou-se politicamente carregada, com democratas acusando o governo Trump de não cumprir integralmente a lei. O Deputado Robert Garcia disse: 'O governo Trump está violando a lei federal ao continuar a esconder evidências sobre a rede internacional de tráfico sexual de Epstein'.
O Presidente Trump, que inicialmente se opôs à legislação, sancionou a lei no mês passado após pressão de seu próprio partido Republicano. A Casa Branca agora afirma que isso representa 'o governo mais transparente da história', enquanto críticos argumentam que a liberação não atende aos requisitos legais.
Conexões de alto nível reveladas
Os documentos supostamente contêm referências a numerosas figuras proeminentes, incluindo os ex-presidentes Donald Trump e Bill Clinton, o fundador da Microsoft Bill Gates e outras pessoas ricas e influentes. De acordo com a PBS NewsHour, fotos liberadas por democratas no início deste mês mostram Epstein socializando com essas figuras em vários eventos.
Um documento particularmente notável supostamente contém um e-mail de 2019 no qual Epstein escreveu que Trump 'sabia das garotas', embora Trump não tenha sido acusado de envolvimento na operação de tráfico sexual de Epstein. Os arquivos também incluem abordagens de arrecadação de fundos de políticos democratas e trocas de mensagens de texto com funcionários do Congresso.
Contexto do caso Epstein
Jeffrey Epstein, um financista que morreu na prisão em 2019 aguardando julgamento por tráfico sexual, cultivou uma rede social de elite enquanto supostamente recrutava mulheres e meninas jovens para abuso sexual. Sua cúmplice Ghislaine Maxwell foi condenada em 2021 por seu papel no recrutamento de vítimas. De acordo com a Wikipedia, a rede de Epstein incluía empresários, membros da realeza, políticos e acadêmicos em vários países.
A atual liberação de documentos segue anos de batalhas legais e pressão pública por transparência. A Lei de Transparência dos Arquivos Epstein exige que o Departamento de Justiça libere todos os documentos não classificados sobre Epstein e Maxwell, incluindo informações sobre pessoas ligadas às atividades criminosas de Epstein.
O que acontece agora?
Embora a primeira liberação represente um progresso significativo, o Departamento de Justiça reconhece que outras centenas de milhares de documentos ainda estão sob revisão. O banco de dados liberado não é totalmente pesquisável como exige a lei, e muitos documentos contêm censura pesada devido ao que funcionários chamam de preocupações de segurança nacional e privacidade.
Os democratas no Congresso ameaçaram com ações legais se o departamento não cumprir totalmente a lei de transparência. Enquanto isso, jornalistas e pesquisadores começam o árduo processo de analisar a enorme quantidade de documentos, que supostamente contém mais de 300 gigabytes de dados, incluindo fotos, vídeos, e-mails e registros financeiros.
A liberação marca um ponto de virada na compreensão da extensão total das operações de Epstein e suas conexões dentro dos círculos de elite, embora muitas perguntas permaneçam sobre quais informações ainda podem estar sendo retidas do público.
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