Maior teia de aranha do mundo descoberta em caverna de enxofre

Cientistas descobriram a maior teia de aranha do mundo em uma caverna de enxofre na fronteira Grécia-Albânia, com mais de 110.000 aranhas de duas espécies coexistindo em completa escuridão.

maior-teia-aranha-mundo-caverna-enxofre
Image for Maior teia de aranha do mundo descoberta em caverna de enxofre

Megacidade Aracnídea Massiva Descoberta na Fronteira Grécia-Albânia

Cientistas fizeram uma descoberta extraordinária em uma caverna remota de enxofre na fronteira entre Grécia e Albânia - o que parece ser a maior teia de aranha do mundo, com uma área de mais de 100 metros quadrados e mais de 110.000 aranhas. Esta metrópole aracnídea colossal representa uma das descobertas biológicas mais notáveis dos últimos anos.

Comportamento Colonial Sem Precedentes

A estrutura massiva da teia, localizada profundamente na Caverna de Enxofre, consiste em milhares de teias em funil interconectadas que, segundo os pesquisadores, formam uma megacidade aracnídea. O que torna esta descoberta particularmente inovadora é que duas espécies de aranhas tipicamente solitárias - a aranha-doméstica-cinza (Tegenaria domestica) e a aranha-anã-do-pântano (Prinerigone vagans) - coexistem em harmonia sem precedentes.

Dra. Elena Vasiliou, investigadora principal do projeto, expressou sua surpresa: 'Nunca vimos nada assim. Estas são aranhas domésticas comuns que normalmente vivem solitárias, mas aqui formaram uma colônia cooperativa massiva de mais de 110.000 indivíduos. Isso muda completamente nossa compreensão do comportamento das aranhas.'

Adaptação ao Ambiente Extremo

As aranhas adaptaram-se notavelmente ao seu ambiente subterrâneo hostil. A colônia prospera a 50 metros da entrada da caverna em completa escuridão, sob condições que seriam fatais para a maioria das espécies da superfície. A caverna contém gás sulfídrico tóxico e não tem luz solar, forçando as aranhas a desenvolver estratégias de sobrevivência únicas.

A análise genética mostrou que as aranhas da caverna desenvolveram características genéticas distintas em comparação com seus parentes da superfície. 'As diferenças de DNA são significativas,' observou Dr. Marco Rossi, geneticista envolvido no estudo. 'Estas aranhas estão evoluindo para uma população distinta e adaptando-se ao seu habitat isolado de maneiras que estamos apenas começando a entender.'

Cadeia Alimentar Única Sustenta Colônia Massiva

Os pesquisadores ficaram particularmente fascinados por como uma população de aranhas tão massiva se sustenta em um ambiente sem acesso a presas externas. A resposta está em um ecossistema quimioautotrófico único alimentado por micróbios oxidantes de enxofre.

Estes micróbios formam biofilmes viscosos nas paredes da caverna que sustentam densos enxames de mosquitos não-picadores. Os mosquitos, por sua vez, ficam presos na teia massiva e formam uma fonte contínua de alimento para a colônia de aranhas. 'É um ecossistema completamente autossustentável,' explicou Dra. Vasiliou. 'As aranhas não se alimentam de insetos externos - elas consomem presas que nascem e vivem completamente dentro da caverna.'

Descoberta e Período de Pesquisa

A colônia de aranhas foi descoberta pela primeira vez em 2022 por espeleólogos recreativos que relataram a descoberta extraordinária às autoridades científicas. Os pesquisadores passaram então três anos estudando a colônia, mapeando cuidadosamente a estrutura da teia e documentando o comportamento das aranhas.

A equipe de pesquisa usou sequenciamento genético avançado e monitoramento ambiental para entender como as aranhas se adaptaram ao seu habitat extremo. Suas descobertas, publicadas na revista Subterranean Biology, representam um grande avanço em nossa compreensão da adaptação aracnídea e comportamento social.

Significado Científico

Esta descoberta desafia suposições de longa data sobre comportamento e adaptação de aranhas. O fato de duas espécies comuns de aranhas terem desenvolvido arranjos de vida coloniais tão avançados em completa escuridão demonstra a notável plasticidade do comportamento animal.

'Isto mostra que mesmo espécies que pensamos conhecer bem podem nos surpreender quando colocadas em ambientes extremos,' disse Dr. Rossi. 'A combinação de isolamento genético e fontes alimentares abundantes parece ter levado estas aranhas normalmente solitárias a desenvolver comportamento cooperativo em uma escala que nunca vimos antes.'

Os pesquisadores acreditam que esta descoberta pode ter implicações para entender como as espécies se adaptam a ambientes em mudança e pode oferecer insights sobre processos evolutivos em habitats isolados em todo o mundo.

Talvez você também goste