Um grande contrato comercial de compra foi assinado para tecnologia de Captura Direta de Ar, apresentando modelos de preços inovadores para custos de energia e impulsionando a confiança dos investidores na expansão da remoção de carbono.
Captura Direta de Ar Atinge Marco Comercial com Grande Contrato de Compra
A indústria de remoção de carbono atingiu um ponto de viragem significativo com a assinatura de um grande contrato comercial de compra para tecnologia de Captura Direta de Ar (DAC), indicando a crescente confiança das empresas nesta solução climática emergente. Este acordo representa um dos maiores compromissos até à data para a remoção de carbono atmosférico e chega num momento crucial em que o setor está a transitar de projetos experimentais para viabilidade comercial.
Análise da Estrutura do Acordo
O acordo envolve um compromisso plurianual para dezenas de milhares de toneladas de remoção de dióxido de carbono, com modelos de preços que refletem a economia complexa da tecnologia DAC. Segundo analistas da indústria, a estrutura do acordo inclui abordagens inovadoras para gerir os custos de energia, que representam a maior despesa operacional para as instalações de DAC. 'Este acordo mostra que os compradores corporativos estão dispostos a investir em remoção de carbono de alta qualidade em grande escala,' disse a Dra. Sarah Chen, especialista em mercados de carbono no Climate Policy Institute. 'Os mecanismos de preços mostram uma compreensão avançada dos fatores que impulsionam os custos da tecnologia, particularmente os inputs de energia.'
O consumo de energia continua a ser o principal desafio para a economia da DAC, com os sistemas atuais a necessitar de 2.000-3.000 kWh por tonelada de CO₂, de acordo com uma investigação recente publicada na MRS Energy & Sustainability. O novo acordo supostamente inclui disposições para integração de energia renovável e estruturas de preços inovadoras que têm em conta as flutuações do mercado de eletricidade.
Confiança dos Investidores e Dinâmica de Mercado
O acordo surge no meio de uma mudança mais ampla no panorama de investimentos em DAC. Embora o setor tenha atraído mais de 2,3 mil milhões de dólares em investimentos privados entre 2021-2025, de acordo com a análise de mercado 2025 da CDR.fyi, os acordos em 2025 tornaram-se mais pequenos à medida que a indústria passa do hype para a implementação prática. 'Estamos a ver uma maturação do mercado, com os investidores a procurar tecnologia comprovada e caminhos claros para a escala comercial,' observou Michael Rodriguez, um capitalista de risco especializado em tecnologia climática. 'O contrato de compra fornece a segurança de receitas que torna estes projetos bancáveis.'
A Frontier Climate facilitou recentemente um acordo pioneiro de 30,6 milhões de dólares entre os seus compradores e a Phlair para 47.000 toneladas de remoção de CO₂ entre 2027-2030, representando o primeiro acordo de DAC eletroquímico, de acordo com o seu anúncio. A abordagem inovadora da Phlair usa eletroquímica em vez de calor, com o objetivo de atingir uma eficiência energética abaixo de 1,5 MWh/tCO₂ - aproximadamente 1,3 vezes menor do que outros métodos de CDR intensivos em eletricidade.
Tecnologia e Considerações de Capacidade
A tecnologia de Captura Direta de Ar, conforme definida pela Wikipedia, envolve processos químicos ou físicos para extrair dióxido de carbono diretamente do ar ambiente. O CO₂ capturado pode então ser armazenado em armazenamento de longo prazo (DACCS) ou usado em várias aplicações industriais. O contrato de compra recentemente anunciado apoia o desenvolvimento de instalações comerciais que visam alcançar uma expansão de capacidade significativa.
Atualmente, espera-se que 84 fábricas de DAC estejam operacionais até ao final de 2025, com uma capacidade combinada de 569 ktCO₂/ano, com uma projeção para 114 instalações até 2032 com uma capacidade de 2,1-5,4 MtCO₂/ano, de acordo com os dados da AlliedOffsets. O mercado é dominado pela América do Norte e Europa, sendo que a América do Norte deverá capturar 20 vezes mais CO₂ do que a Europa até 2030.
Modelos de Preços e Otimização de Inputs de Energia
O contrato comercial de compra introduz estruturas de preços inovadoras que abordam os desafios de custos fundamentais da DAC. Os custos tradicionais da DAC variavam entre 100-600 dólares por tonelada de CO₂, com a energia a representar 60-80% dos custos operacionais. O novo acordo supostamente inclui preços escalonados baseados no consumo real de energia e disposições para integração com fontes de energia renovável de baixo custo.
'O que torna este acordo particularmente interessante é como estrutura os pagamentos em torno de marcos de eficiência energética,' explicou o economista ambiental Dr. James Wilson. 'Os compradores estão essencialmente a pagar por melhorias de desempenho, o que cria incentivos poderosos para a inovação tecnológica.'
Os avanços recentes destacados na investigação da ScienceDirect mostram que os métodos eletroquímicos reduziram o consumo de energia para apenas 1.055 kWh por tonelada de CO₂, enquanto a integração com fontes de energia renovável, como a geotérmica, melhora ainda mais a viabilidade económica.
Perspetiva Futura e Implicações para a Indústria
O contrato de compra assinado representa mais do que uma simples transação comercial — sinaliza um mercado em maturação para soluções de remoção de carbono. Com a Microsoft como o maior comprador de DAC, com 833K toneladas adquiridas, e a Airbus a seguir com 400K toneladas, de acordo com dados de mercado, a procura corporativa está a tornar-se um importante motor de crescimento industrial.
No entanto, os desafios permanecem. O setor da DAC representa apenas ~8% da remoção sustentável de carbono contratada, e apenas 0,05% (1.186 toneladas) dos 2,47 milhões de toneladas contratadas entre o primeiro semestre de 2022-2025 foi entregue a partir de meados de 2025. Três empresas (1PointFive, Climeworks, Heirloom) dominam com 80% do total de créditos de DAC vendidos.
'Este acordo é um passo crucial para demonstrar que a DAC pode operar em escala comercial com economia previsível,' concluiu a analista de políticas climáticas Maria Gonzalez. 'À medida que mais empresas seguem este exemplo, veremos inovação acelerada e reduções de custos que podem tornar a remoção de carbono atmosférico uma solução climática mainstream.'
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