Estudo revela que aviação emite microplásticos

Um estudo de 2025 revela que os filtros de ar em aviões liberam fibras de microplásticos durante os voos. Essas partículas sintéticas poluem o ar da cabine e acabam em ecossistemas, representando riscos à saúde para viajantes frequentes e danos ambientais. A indústria da aviação busca materiais alternativos e melhores protocolos de manutenção.
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Novo estudo identifica aviação como fonte de poluição por microplásticos

Um estudo inovador de 2025 identificou a aviação comercial como uma fonte significativa de poluição por microplásticos. Pesquisadores descobriram que os filtros de ar das cabines de avião liberam fibras sintéticas durante os voos, contribuindo para a crise global de microplásticos.

Como os aviões dispersam partículas de plástico

A equipe de pesquisa analisou amostras de ar de cabines de avião e descobriu que os filtros HEPA perdem fibras plásticas microscópicas durante o uso normal. Esses filtros, feitos de materiais sintéticos como poliéster e polipropileno, degradam-se devido a diferenças de pressão e tensão mecânica.

"Medimos concentrações de até 50 partículas por metro cúbico de ar na cabine", disse a pesquisadora principal, Dra. Emma Chen. "Especialmente em voos longos, observamos valores elevados devido ao uso contínuo dos filtros."

Rotas de dispersão dos microplásticos

Uma vez no ar, os microplásticos seguem duas rotas principais:

  1. Passageiros e tripulação inalam as partículas durante os voos
  2. Fibras escapam durante a limpeza e manutenção

O vento dispersa as partículas dos aeroportos para os ecossistemas circundantes. O estudo mostra que elas acabam em cursos d'água e solos, assim como os microplásticos de roupas (35% dos microplásticos oceânicos) e resíduos plásticos degradados.

Riscos à saúde e ao meio ambiente

Os microplásticos representam um duplo perigo:

Preocupações com a saúde humana

Tripulação e viajantes frequentes são os mais expostos. Microplásticos inalados podem penetrar no tecido pulmonar, potencialmente causando inflamações e transportando aditivos tóxicos como ftalatos. Embora os efeitos de longo prazo exijam mais estudos, já foram encontradas ligações com problemas respiratórios.

Impacto nos ecossistemas

Microplásticos acumulam-se em ambientes terrestres e aquáticos, entrando nas cadeias alimentares. Pesquisas mostram que essas partículas absorvem e dispersam contaminantes como pesticidas. Animais marinhos frequentemente confundem microplásticos com comida, levando a ferimentos e acúmulo na cadeia alimentar.

Resposta da indústria e soluções

A indústria da aviação está sob pressão:

  • Airbus e Boeing testam materiais alternativos para filtros, incluindo compósitos de base vegetal
  • A IATA desenvolve novos protocolos de manutenção
  • Governos da UE consideram padrões de emissão para microplásticos

A Dra. Chen aconselha: "Substituir os filtros com mais frequência pode reduzir a perda de fibras em 40%. Mas, no final, precisamos de sistemas de filtragem sem materiais plásticos."

Dicas para passageiros

Enquanto isso, viajantes podem:

  1. Manter-se hidratados para eliminar partículas
  2. Considerar usar máscara em voos longos (N95 filtra 95% das partículas >0,3 mícron)
  3. Apoiar companhias que investem em cabines sustentáveis

Este estudo destaca um impacto ambiental oculto da aviação e reforça a onipresença da poluição por plásticos.

Lily Varga
Lily Varga

Lily Varga é uma jornalista húngara dedicada a reportar sobre direitos das mulheres e questões de justiça social. Seu trabalho amplifica vozes marginalizadas e impulsiona conversas importantes sobre igualdade.

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