Israel ordena evacuação total de Gaza para grande ofensiva militar

Evacuação em massa enquanto Israel se prepara para atacar Cidade de Gaza

O exército israelense emitiu uma ordem de evacuação abrangente para todos os residentes palestinos da Cidade de Gaza, declarando que permanecer na cidade é "extremamente perigoso" enquanto se preparam para um grande ofensiva terrestre. A ordem afeta o que já foi o lar de aproximadamente 1 milhão de pessoas antes do atual conflito escalar.

Último reduto do Hamas atacado

Autoridades israelenses afirmam que a Cidade de Gaza representa o último grande reduto do Hamas, onde acreditam que os reféns restantes estão sendo mantidos. "Esta operação é necessária para desmantelar as capacidades militares do Hamas e garantir a libertação de nossos cidadãos," declarou um porta-voz militar israelense.

A ordem de evacuação segue semanas de intensos bombardeios e ataques terrestres em vários distritos da cidade, com dezenas de prédios residenciais reduzidos a escombros em preparação para a ofensiva. Os residentes estão sendo direcionados para "zonas de segurança" designadas no sul de Gaza e ao longo da costa, embora incidentes anteriores tenham mostrado que essas áreas não estão imunes a ataques.

Resistência civil e preocupações humanitárias

Muitos residentes da Cidade de Gaza mostraram resistência às ordens de evacuação. "Prefiro morrer aqui do que ser deslocado novamente," disseram vários gazanos a repórteres no mês passado. "Já cometemos esse erro antes—nos mudamos e nos arrependemos. Não vamos cometer esse erro novamente."

Organizações de direitos humanos e especialistas internacionais soaram o alarme sobre a situação. Professor Göran Sluiter de direito penal internacional da Universidade de Amsterdam disse anteriormente à mídia: "O que estamos vendo atende à definição de limpeza étnica—tornar uma área inabitável para um grupo populacional específico através do deslocamento forçado e confinamento em território limitado."

Reação internacional e preocupações com reféns

A operação israelense gerou amplas críticas internacionais, principalmente focadas no impacto humanitário sobre a população civil de Gaza. Dentro de Israel, as preocupações se concentram principalmente no fardo militar e nos riscos para os aproximadamente 50 reféns restantes mantidos pelo Hamas, dos quais apenas cerca de 20 ainda estariam vivos.

Familiares de reféns intensificaram seus apelos por um acordo negociado, temendo que a operação militar comprometa as chances de sobrevivência de seus entes queridos. As Nações Unidas relatam que Israel agora controla mais de 86% do território de Gaza, com a área restante não ocupada consistindo em uma estreita faixa costeira e partes da Cidade de Gaza.