Israel ataca forças de paz da ONU com drones no Líbano

Drones israelenses lançaram granadas perto de forças de paz da ONU no Líbano, com uma explodindo a menos de 20 metros do pessoal. A UNIFIL classificou o ataque como grave violação do direito internacional, apesar de aviso prévio dado às tropas israelenses.

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Israel ataca posições da ONU com drones no sul do Líbano

Forças de paz da UNIFIL no Líbano condenaram ações militares israelenses após drones lançarem quatro granadas perto de peacekeepers da ONU em 3 de setembro de 2025. De acordo com oficiais da UNIFIL, uma granada atingiu a menos de 20 metros do pessoal da ONU, enquanto outras três explodiram a aproximadamente 100 metros das tropas de paz perto de Marwahin, área próxima à Linha Azul demarcada pela ONU que separa o Líbano de Israel.

Ataque premeditado apesar de aviso prévio

A UNIFIL declarou em comunicado oficial que as tropas israelenses haviam sido informadas previamente sobre as atividades da organização na região. A missão de paz descreveu o incidente como "um dos ataques mais graves contra pessoal e propriedades da UNIFIL" desde o cessar-fogo de novembro de 2024, que encerrou semanas de ofensivas terrestres israelenses e ataques aéreos em larga escala contra o Líbano.

Missão humanitária interrompida

No momento do ataque, as tropas da UNIFIL estavam removendo barricadas que bloqueavam o acesso a um posto de observação da ONU. A missão enfatizou que esses ataques são "inaceitáveis" e constituem "uma grave violação do direito internacional". Este incidente segue um padrão de confrontos anteriores onde tropas israelenses atacaram posições da ONU durante operações militares no sul do Líbano.

Contexto histórico da missão UNIFIL

A UNIFIL foi estabelecida em 1978 através das resoluções 425 e 426 do Conselho de Segurança da ONU após a invasão israelense do Líbano. Seu mandato original incluía confirmar a retirada israelense do sul do Líbano, restaurar a paz e segurança internacionais, e auxiliar o governo libanês a restabelecer autoridade efetiva na região.

Desenvolvimentos recentes e retirada futura

Num desenvolvimento significativo, o Conselho de Segurança da ONU decidiu recentemente encerrar a missão UNIFIL em 2027 após quase 50 anos de operação. Esta decisão, impulsionada principalmente pelos Estados Unidos, visa transferir responsabilidades de segurança para o governo libanês. Israel saudou a decisão, com o governo do primeiro-ministro Netanyahu alegando que a UNIFIL não foi eficaz em conter atividades do Hezbollah no sul do Líbano.

Tensões contínuas na região

A área da Linha Azul permanece uma das regiões fronteiriças mais voláteis do Oriente Médio, com frequentes trocas de tiros entre tropas israelenses e combatentes do Hezbollah. O papel da UNIFIL tem sido crucial no monitoramento de hostilidades e reportagem ao Conselho de Segurança da ONU, embora a missão tenha recebido críticas de ambos os lados sobre sua eficácia em manter a estabilidade.

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