
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, expressou pessimismo sobre as negociações com os EUA em relação ao programa nuclear de seu país. 'Não acreditamos que isso levará a algo', disse o aiatolá em um discurso. Ele chamou de 'grande erro' negar ao seu país o direito de enriquecer urânio.
Khamenei se referiu a um ponto crucial nas negociações. O enviado americano Steve Witkoff disse no fim de semana à ABC que o Irã não pode continuar a enriquecer urânio, descrevendo isso como uma 'linha vermelha'. O Irã, que afirma usar energia nuclear apenas para fins civis, insiste que é inegociável desistir do enriquecimento de urânio.
O urânio pode ser usado para gerar energia, mas também para fabricar armas nucleares, o que requer urânio altamente enriquecido. Os EUA querem impedir que o Irã desenvolva armas atômicas. Diplomatas iranianos indicaram que estão dispostos a discutir os níveis e quantidades de urânio enriquecido.
O Irã já havia feito acordos sobre isso em um tratado nuclear de 2015 com vários países, permitindo enriquecimento de até 3,67%. O ex-presidente americano Donald Trump retirou os EUA do acordo durante seu mandato, chamando-o de 'mau negócio'. Desde então, o Irã parou de cumprir os termos e agora estaria enriquecendo urânio a 60%.