
Irã condena ataques aéreos dos EUA a instalações nucleares
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Araghchi, declarou que os Estados Unidos cruzaram uma "linha vermelha grossa" com seus ataques aéreos contra instalações nucleares iranianas. Em uma coletiva de imprensa, Araghchi enfatizou que o Irã agora é forçado a reagir e acusou os EUA de ignorar o direito internacional, mergulhando o mundo em uma "era perigosa".
EUA afirmam ter destruído programa nuclear
O secretário de Defesa dos EUA, Hegseth, forneceu detalhes sobre os ataques aéreos, alegando que o programa nuclear iraniano foi destruído com sucesso. De acordo com o principal oficial militar americano, Dan Caine, 125 aeronaves, um submarino e sete bombardeiros B2 estiveram envolvidos na operação. Cerca de 75 armas de precisão, incluindo 14 Massive Ordnance Penetrators (bunkerbusters), foram usadas para atingir instalações subterrâneas.
Irã pego de surpresa
Caine observou que o Irã parecia despreparado, sem que caças iranianos estivessem ativos durante o ataque. "Parece que a defesa aérea iraniana não nos detectou", disse ele. Enquanto chamados internacionais por diplomacia se intensificam, Araghchi rejeitou negociações e acusou os EUA de traição durante conversas em andamento.
Tensões diplomáticas
Araghchi criticou os EUA e Israel por sabotar esforços diplomáticos e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para condenar os ataques. Ele planeja se encontrar com o presidente russo Putin, que anteriormente havia oferecido mediação entre Israel e o Irã.
Advertência do Irã
A Guarda Revolucionária do Irã alertou para uma resposta que faria os "invasores" se arrependerem. Um alto funcionário iraniano disse à Reuters que qualquer tentativa de eliminar o líder supremo Khamenei "cruzaria todas as linhas vermelhas" e encerraria qualquer chance de negociações futuras.
Avaliação de danos
Os ataques visaram complexos nucleares em Natanz, Isfahan e Fordo. Embora o presidente americano Trump tenha afirmado que Fordo foi destruído, o Irã minimizou os danos, dizendo que a maior parte do urânio enriquecido e do pessoal já havia sido realocada.