A cúpula da OTAN provavelmente não adotará a norma de 5% para gastos de defesa devido à resistência de vários membros. A proposta dos EUA enfrenta desafios e um compromisso pode ser necessário.

Durante a próxima cúpula da OTAN em Haia, é improvável que um acordo seja alcançado sobre o aumento da norma de defesa para 5%, alerta o ministro Ruben Brekelmans. O aumento proposto representaria, para a maioria dos países, o dobro de seus gastos com defesa e é um ponto importante da agenda. 'Isso não vai agradar a Trump', diz o especialista em defesa Peter Wijninga.
O presidente americano Donald Trump confirmou sua presença na cúpula em julho durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro Dick Schoof. A norma de 5% é uma exigência dos EUA, embora os próprios EUA também não cumpram essa norma, segundo Wijninga, do Centro de Haia para Estudos Estratégicos (HCSS). O chefe da OTAN, Rutte, já amenizou a proposta para 3,5% para gastos diretos de defesa e 1,5% para gastos indiretos, como infraestrutura e cibersegurança.
Rutte fala em 'amplo apoio' à nova norma, mas países como Bélgica, Espanha e Itália ainda não estão convencidos—eles já não cumprem a norma atual de 2%. 'A OTAN opera com base no consenso, então a aprovação unânime é necessária', explica Wijninga.