Esta estrela de nêutrons perfurou sua parceira e isso é extremamente raro

Astrônomos descobriram um raro sistema binário composto por uma estrela de nêutrons e uma estrela de hélio. A estrela de nêutrons gira quase 100 vezes por segundo e orbita a estrela de hélio a cada 3,6 horas. Esse sistema oferece insights únicos sobre a evolução estelar.

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Astrônomos descobriram um par de estrelas peculiar que oferece novos insights sobre como as estrelas se influenciam e transformam mutuamente. O sistema consiste em uma estrela de nêutrons que gira rapidamente e uma estrela de hélio que perdeu suas camadas externas. Essa dupla é tão rara que proporciona uma visão única do ciclo de vida turbulento das estrelas.

O protagonista dessa descoberta é o PSR J1928+1815, uma estrela de nêutrons detectada pelo radiotelescópio FAST na China. Esse pulsar gira a uma velocidade impressionante, completando quase 100 rotações por segundo. A estrela de nêutrons orbita a estrela de hélio a cada 3,6 horas, que já perdeu grande parte de sua massa original.

Os cientistas acreditam que o sistema se formou quando a estrela original inchou e engoliu a estrela de nêutrons, que depois perfurou sua companheira. Esse processo expeliu as camadas ricas em hidrogênio, deixando para trás uma estrela de hélio compacta. Esse fenômeno é semelhante ao que o Sol passará daqui a cinco bilhões de anos.

Apesar das observações, a estrela de hélio permanece difícil de ser detectada devido à distância e à poeira interestelar. O pulsar em si fica obscurecido pela estrela de hélio cerca de 17% do tempo. Estima-se que existam apenas 16 a 84 sistemas como esse na Via Láctea.

No futuro, a estrela de hélio pode inchar novamente e transferir material para a estrela de nêutrons, eventualmente formando um pulsar de rotação rápida acompanhado por uma anã branca. Esse processo levará milhões de anos para se completar.

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