Avanço na fusão nuclear com técnica que lembra empurrar um balanço

Cientistas alcançam um avanço na fusão nuclear com uma técnica que sincroniza ondas eletromagnéticas com íons de hélio-3, melhorando a estabilidade do plasma em reatores experimentais.

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Cientistas do Instituto Max Planck de Física de Plasma utilizaram pela primeira vez uma nova técnica para gerar partículas de hélio-3 em um reator experimental de fusão nuclear, marcando um avanço significativo.

A fusão nuclear funciona fundindo núcleos atômicos leves para gerar energia. Sob temperaturas e pressões extremas, átomos de hidrogênio são comprimidos em hélio, liberando quantidades enormes de energia. Diferente da fissão nuclear, a fusão produz pouco lixo radioativo de longa duração e possui uma fonte de combustível praticamente inesgotável. Também é considerada uma fonte de energia mais segura e limpa.

Um grande desafio é manter plasmas extremamente quentes, que atingem milhões de graus, estáveis. Os pesquisadores precisam evitar que partículas energéticas escapem muito rápido, o que resfriaria a reação. A nova técnica, Aquecimento por Ressonância Ciclotrônica de Íons (ICRH), sincroniza ondas eletromagnéticas com o movimento natural de íons de hélio-3 em um campo magnético—semelhante a empurrar um balanço no momento certo para fazê-lo subir mais alto.

Os experimentos ocorrem no stellarator W7-X, um reator projetado para estudar os desafios da fusão. Íons de hélio-3 desempenham um papel único devido à sua massa leve e propriedades energéticas, ajudando a entender melhor o comportamento do plasma.

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