A China enfrenta uma crise demográfica devido ao declínio da força de trabalho e ao envelhecimento da população, resultante de baixas taxas de natalidade e migração urbana. Os impactos econômicos e sociais são profundos, com desafios para mercados de trabalho e sistemas de previdência. Políticas governamentais buscam reverter a tendência, mas o sucesso permanece incerto.

A China, outrora o país mais populoso do mundo, enfrenta agora uma crise demográfica marcada por uma força de trabalho em declínio e uma população envelhecida. As consequências da queda nas taxas de natalidade e da migração urbana estão remodelando o cenário econômico e social do país.
A Mudança Demográfica
A população da China, que ultrapassou 1,4 bilhão em 2020, está diminuindo pela primeira vez desde 1961. As projeções para 2025 estimam uma população de 1.416.096.094, uma queda em relação aos anos anteriores. Esse declínio é atribuído a décadas de política do filho único, mantida de 1979 a 2015, resultando em uma distribuição etária desigual. A taxa de fertilidade está em apenas 1,02, bem abaixo do nível de reposição de 2,1.
Impactos Econômicos
A força de trabalho em declínio apresenta grandes desafios para a economia chinesa. Com menos jovens entrando no mercado de trabalho, indústrias dependentes de mão de obra enfrentam escassez. Simultaneamente, o envelhecimento da população aumenta a pressão sobre os sistemas de previdência e saúde. A idade média na China é agora de 40,1 anos e deve subir para 52,1 anos em 2050.
Migração Urbana e Tensões Sociais
As áreas urbanas absorvem a maior parte da população, com 67,55% dos chineses vivendo em cidades em 2025. Essa rápida urbanização levou a superlotação, custos de vida elevados e desigualdades sociais. Enquanto isso, áreas rurais enfrentam despovoamento, agravando ainda mais as disparidades econômicas.
Resposta do Governo
O governo chinês implementou políticas para estimular taxas de natalidade mais altas, incluindo incentivos financeiros e licença parental estendida. No entanto, essas medidas ainda não conseguiram reverter a tendência de queda. Especialistas alertam que, sem reformas profundas, os desafios demográficos da China podem prejudicar o crescimento econômico e sua posição competitiva global.