América do Sul se torna o novo hub de criptomoedas

Países da América do Sul lideram a adoção global de criptomoedas com regulamentação favorável, energia sustentável para mineração e estratégias de proteção contra inflação.
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Revolução cripto na América do Sul acelera

A América do Sul está se transformando rapidamente em um centro global de criptomoedas, com países da região adotando a tecnologia blockchain e a mineração de criptomoedas. De acordo com o Índice Global de Adoção de Criptomoedas 2024, a América Latina apresenta um crescimento explosivo no uso de criptomoedas, com o Brasil na 10ª posição mundial e Argentina, Venezuela e México logo atrás.

Fatores por trás do boom

Vários fatores impulsionam essa transformação:

  • Instabilidade econômica: Países como Argentina e Venezuela veem as criptomoedas como proteção contra a inflação
  • Energia renovável: A abundante energia hidrelétrica no Paraguai e no Brasil permite mineração sustentável
  • Regulação progressiva: O marco regulatório de criptomoedas do Brasil (2024) e os benefícios fiscais argentinos atraem investidores
  • Eficiência em remessas: As criptomoedas reduzem custos para transferências internacionais para milhões

Pontos quentes de mineração

O Paraguai lidera o crescimento na mineração com custos de eletricidade de apenas US$ 0,05/kWh. As operações de mineração no Brasil expandiram 300% desde 2023, enquanto as novas "Zonas Francas Digitais" da Colômbia oferecem benefícios fiscais para empresas de blockchain. Parques solares chilenos agora alimentam instalações de mineração no deserto do Atacama.

Cenário regulatório

A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) aprovou recentemente ETFs de criptomoedas, enquanto a Argentina eliminou o imposto sobre ganhos de capital em ativos digitais. A Venezuela lançou o PetroCoin para transações de petróleo, embora a adoção permaneça limitada. A cooperação regional cresce por meio da Aliança Blockchain LATAM, formada em março de 2025.

Desafios persistem

Apesar do progresso, preocupações com volatilidade permanecem. O regulador financeiro da Colômbia alertou investidores sobre a "natureza volátil das criptomoedas" após o colapso da Luna. Problemas de segurança também afetam a região, com o Equador relatando US$ 200 milhões em roubos de criptomoedas em 2024.

Como observa Carlos Santana, pesquisador da Chainalysis: "A América do Sul não está apenas adotando criptomoedas - está reinventando seu futuro financeiro por meio da inovação em blockchain."

Ava Bakker
Ava Bakker

Ava Bakker é uma renomada correspondente holandesa de ciência e espaço, cujas reportagens perspicazes trazem maravilhas cósmicas para audiências globais. Seu trabalho conecta a complexa astrofísica ao entendimento público.

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