Polónia impõe restrições ao espaço aéreo após violação por drones russos
A Polónia implementou restrições rigorosas ao tráfego aéreo ao longo das suas fronteiras orientais com a Bielorrússia e a Ucrânia, após múltiplas violações por drones russos. As medidas, que entraram em vigor ontem, permanecerão válidas até 9 de dezembro e afetam principalmente o tráfego aéreo não comercial durante as horas noturnas.
Resposta militar e envolvimento da NATO
Unidades de defesa polacas, com o apoio de aliados da NATO, incluindo os Países Baixos, interceptaram e abateram os drones russos. Caças F-35 holandeses desempenharam um papel crucial na operação, marcando a segunda implantação em dez dias.
"Esta foi uma provocação deliberada e sem precedentes que exige uma resposta poderosa da comunidade internacional," declararam conjuntamente os ministros dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Ucrânia e Lituânia.
Detalhes técnicos das restrições
As novas regras proíbem todos os voos de drones e limitam as operações aéreas pequenas e não comerciais do pôr do sol ao nascer do sol na zona fronteiriça designada, até aproximadamente 3.000 metros de altitude. Os voos comerciais de passageiros permanecem isentos, pois geralmente voam acima deste limite de altitude.
Resposta diplomática internacional
O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência a pedido da Polónia para discutir as violações do espaço aéreo. Entretanto, os Estados-membros da NATO instruíram a liderança militar da aliança a desenvolver opções de resposta contra a Rússia.
Os Países Baixos convocaram o embaixador russo para protestar contra o incidente, esperando-se que outros países da NATO sigam o exemplo. O Ministério da Defesa russo alega que a violação do espaço aéreo foi não intencional e que os seus drones tinham como alvo instalações militares no oeste da Ucrânia.
De acordo com declarações oficiais, os três países apelam ao reforço das capacidades de defesa aérea ucranianas e a mais apoio para garantir a segurança do flanco oriental da NATO.