Adolescente Perde Intestino Após Engolir 100 Ímãs

Um adolescente de 13 anos da Nova Zelândia passou por cirurgia de emergência com remoção intestinal após engolir 80-100 ímãs potentes comprados online, destacando preocupações de segurança em plataformas de e-commerce internacionais.

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Ingestão Perigosa de Ímãs Leva a Cirurgia de Emergência em Adolescente

Um adolescente de 13 anos da Nova Zelândia passou por uma cirurgia de emergência que resultou na remoção de parte de seu intestino, após engolir entre 80 e 100 ímãs de neodímio de alta potência. O jovem, que sofria de dores abdominais há quatro dias, foi internado no Hospital Tauranga, onde radiografias revelaram que os ímãs haviam se aglomerado em seu sistema digestivo, causando danos graves às paredes intestinais.

O caso, detalhado no New Zealand Medical Journal, destaca a crescente preocupação com a acessibilidade de ímãs perigosos através de marketplaces online. Os ímãs, com tamanho de apenas 2-5 milímetros, foram supostamente comprados através da plataforma de e-commerce chinesa Temu.

Emergência Médica e Intervenção Cirúrgica

Médicos descobriram que os ímãs formaram quatro cadeias separadas no intestino delgado e apêndice do adolescente, causando necrose por pressão - uma condição onde o tecido morre devido à pressão prolongada que corta o suprimento sanguíneo. 'Os ímãs se atraíam através das paredes intestinais, causando danos significativos que exigiam intervenção cirúrgica imediata,' explicou a equipe médica envolvida no caso.

Cirurgiões realizaram uma laparotomia exploratória e tiveram que remover a parte danificada do intestino. O adolescente recebeu uma sonda nasogástrica para contornar o trato digestivo bloqueado e permaneceu oito dias no hospital após a cirurgia até poder se alimentar independentemente.

Desafios Regulatórios e Riscos dos Marketplaces Online

Apesar da proibição na Nova Zelândia desde 2014 sobre ímãs de terras raras de alta potência, esses produtos perigosos permanecem facilmente disponíveis através de plataformas online internacionais. 'Apesar da legislação rigorosa na Nova Zelândia, é alarmantemente difícil regular esses produtos em plataformas internacionais. Isso continua sendo uma preocupação séria,' observaram os autores do relatório do jornal médico.

A Temu respondeu ao incidente iniciando uma investigação interna. Em declaração à mídia australiana, a empresa disse: 'Nossas equipes avaliam produtos para garantir que atendam aos requisitos de segurança locais.' No entanto, a Temu não confirmou se os ímãs foram realmente comprados através de sua plataforma.

Preocupações Globais de Saúde e Casos Similares

Este incidente não é isolado. Em maio de 2025, médicos britânicos alertaram para os perigos de engolir ímãs após aproximadamente 300 crianças britânicas chegarem anualmente ao pronto-socorro devido a incidentes similares. Cerca de 6% desses casos foram vinculados a tendências de mídias sociais onde crianças tentavam imitar piercings de língua com pequenos ímãs.

Ímãs de neodímio, embora úteis em várias aplicações tecnológicas, apresentam riscos particulares quando engolidos. Sua poderosa atração magnética pode fazer com que se prendam através das paredes intestinais, levando a perfurações, obstruções e morte tecidual. Especialistas médicos observam que mais de 75% dos casos de ingestão de ímãs exigem intervenção cirúrgica.

Conscientização Parental e Medidas de Segurança

Profissionais de saúde pedem que os pais estejam vigilantes sobre pequenos brinquedos magnéticos e produtos em suas casas. 'Esses ímãs são frequentemente coloridos e comercializados como brinquedos educativos, mas podem ser fatais se engolidos,' alertou um cirurgião pediátrico familiarizado com tais casos.

O incidente serve como um lembrete contundente dos desafios na regulação do comércio eletrônico internacional e da importância da conscientização do consumidor sobre segurança de produtos. À medida que as compras online continuam crescendo globalmente, especialistas enfatizam a necessidade de cooperação internacional mais forte na aplicação de padrões de segurança para produtos potencialmente perigosos.

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