Trump corta laços com Greene por causa da questão Epstein

Trump rompe publicamente o apoio a Marjorie Taylor Greene devido à sua busca pela liberação dos documentos Epstein. A ruptura marca uma grande divisão política entre antigos aliados.

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Grande ruptura política abala Partido Republicano

Em um desenvolvimento político notável, o ex-presidente Donald Trump rompeu publicamente os laços com um de seus aliados mais leais no Congresso, a deputada Marjorie Taylor Greene da Geórgia. A ruptura dramática ocorreu na plataforma Truth Social de Trump, onde ele anunciou que apoiará um desafiante contra Greene nas eleições intercalares de 2026.

A conexão Epstein

A ruptura gira em torno da busca de Greene pela liberação de documentos relacionados a Jeffrey Epstein, com uma votação crucial na Câmara dos Representantes marcada para a próxima semana. Trump descreveu Greene como uma 'louca raivosa' que 'desviou-se para a extrema esquerda' em sua postagem nas redes sociais. 'Apoiarei seu oponente, se a pessoa certa se candidatar,' escreveu Trump, o que representa uma reversão completa de seu apoio anterior à controversa congressista.

Greene, que representa o 14º distrito congressional da Geórgia desde 2021, respondeu no X: 'Apoiei o presidente com muito do meu tempo precioso e do meu próprio dinheiro.' Ela acusou Trump de mentir sobre suas ligações telefônicas, dizendo que apenas enviou mensagens de texto que aparentemente 'o empurraram para o limite.'

Histórico do relacionamento

Marjorie Taylor Greene tem sido uma das apoiadoras mais vocais de Trump desde sua primeira campanha presidencial. Ela foi uma figura proeminente no movimento Make America Great Again e apoiou as tentativas de Trump de anular os resultados das eleições de 2020 com base em alegações infundadas de fraude eleitoral. No entanto, as tensões aumentaram nos últimos meses quando Greene criticou cada vez mais o foco de Trump na política externa em vez de questões domésticas que afetam as famílias americanas.

O ponto de ruptura veio quando Greene se juntou a outros três deputados republicanos - Thomas Massie, Lauren Boebert e Nancy Mace - na assinatura de uma petição de descarga que forçou uma votação na Câmara sobre a liberação de todos os documentos governamentais relacionados à investigação Epstein. A petição atingiu as 218 assinaturas necessárias esta semana, com todos os 214 democratas e os quatro republicanos apoiando a medida.

Controvérsia sobre documentos Epstein

Em entrevista ao Politico, Greene havia argumentado que a Casa Branca deveria liberar todos os documentos Epstein. 'Apenas libere tudo, deixe o povo americano descobrir tudo sobre isso e, você sabe, apoie as vítimas. Essa é apenas a coisa mais lógica e fácil do mundo,' disse ela.

Trump repetidamente chamou o foco em Epstein de 'embuste' e insistiu em investigar as conexões de Epstein com democratas proeminentes, particularmente a família Clinton. O Comitê de Supervisão da Câmara liberou recentemente mais de 20.000 páginas de documentos do espólio de Epstein, incluindo e-mails nos quais Epstein se referia a Trump.

Implicações políticas

Esta ruptura pública representa uma mudança significativa na dinâmica do Partido Republicano. Greene tem sido uma das figuras mais proeminentes relacionadas ao MAGA no Congresso, e sua ruptura com Trump pode sinalizar alianças em mudança dentro do movimento conservador. Analistas políticos sugerem que Trump pode estar tentando se distanciar de alguns dos elementos mais extremos de sua base à medida que as eleições intercalares de 2026 se aproximam.

Greene acredita que o ataque público de Trump é estratégico e disse a repórteres: 'Acho que o presidente Trump tem medo da liberação dos documentos Epstein. Na próxima semana, a Câmara vota sobre isso, e acho que Trump, com seu ataque público, está tentando fazer os republicanos votarem contra a liberação.'

A próxima votação na Câmara sobre a liberação dos documentos Epstein agora se torna um teste crucial da influência de Trump sobre os republicanos do Congresso, com Greene e seus três colegas republicanos possivelmente enfrentando consequências políticas por sua posição.

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