Ondas de calor recordes atingem o sul da Europa enquanto temperaturas quebram marcas históricas

O sul da Europa enfrenta ondas de calor recordes acima de 40°C, causando crises de saúde e incêndios florestais. Cientistas confirmam que as mudanças climáticas tornaram esses eventos 5 vezes mais prováveis e 4-5°C mais quentes do que antes da industrialização. Governos emitiram alertas de calor extremo.

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Sul da Europa sofre com calor extremo

Autoridades em todo o sul da Europa emitiram alertas de saúde urgentes após ondas de calor recordes que assolam a região, com temperaturas 10-12°C acima das médias sazonais. Países como Espanha, Itália, Grécia e Portugal registram temperaturas sem precedentes acima de 40°C em junho, levando ao fechamento generalizado de escolas e pontos turísticos. O Ministério da Saúde italiano declarou alerta vermelho em 15 cidades, enquanto a Espanha ativou pela primeira vez este verão seu plano nacional de emergência para ondas de calor.

Impacto na saúde e medidas emergenciais

Hospitais relatam um aumento de 30% em emergências relacionadas ao calor, especialmente entre idosos e trabalhadores ao ar livre. "Estamos vendo casos graves de desidratação e exaustão pelo calor como não víamos há muito tempo", disse a Dra. Elena Morales do hospital Ramón y Cajal em Madri. Muitas cidades estenderam horários de piscinas, abriram centros de resfriamento e implantaram unidades médicas móveis em bairros vulneráveis. Relatórios preliminares indicam que as condições extremas já causaram 23 mortes relacionadas ao calor na região.

Conexão com mudanças climáticas

Cientistas confirmam que essas ondas de calor carregam a assinatura das mudanças climáticas. "O que antes era um evento raro ocorrendo a cada 50 anos, agora acontece a cada 5 anos", explica o climatologista Dr. Marco Russo. Estudos recentes mostram que as ondas de calor no sul da Europa estão 4-5°C mais quentes do que seriam sem o aquecimento causado pelo homem. As temperaturas da superfície do Mediterrâneo estão atualmente 3°C acima da média, criando um ciclo de retroalimentação que intensifica as temperaturas em terra.

Consequências econômicas e ambientais

O calor extremo está prejudicando a agricultura durante períodos críticos de crescimento, com produtores de azeitonas e frutas cítricas relatando perdas significativas. Bombeiros combatem incêndios florestais na Grécia e no sul da Itália, alimentados por condições extremamente secas. As redes elétricas estão sob pressão com a demanda recorde por eletricidade enquanto milhões usam ar-condicionado simultaneamente. Destinos turísticos como Atenas e Sevilha ajustaram horários de abertura de pontos importantes, incluindo a Acrópole e o Palácio de Alcázar.

Perspectivas futuras

Meteorologistas preveem que a onda de calor continuará até a próxima semana, com temperaturas podendo atingir 45°C localmente. Autoridades recomendam que a população mantenha-se hidratada, evite atividades ao ar livre nos horários mais quentes e verifique vizinhos vulneráveis. "Este não é um calor normal de verão - é um clima potencialmente fatal", alerta a Dra. Sofia Kourtesi, diretora regional da OMS.

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