
A crise dos PFAS na Europa
Substâncias per e polifluoroalquil (PFAS), chamadas de 'químicos eternos', estão causando alarme na Europa devido aos riscos à saúde. Esses compostos sintéticos não se degradam e se acumulam no corpo humano e nos ecossistemas. Estudos confirmam níveis preocupantes de PFAS em amostras de sangue, cadeias alimentares e fontes de água.
Efeitos na saúde e exposição
Relacionados a danos no fígado, supressão imunológica e câncer, os PFAS afetam desproporcionalmente adolescentes. Dados da Agência Europeia do Ambiente mostram que 14,3% das amostras excedem os limites de segurança, com variações extremas entre França (23,8%) e Espanha (1,3%). Pesquisas na Holanda detectaram PFAS em 100% das amostras de sangue, muitas vezes acima dos limites seguros.
Respostas nacionais à contaminação
A França implementou as regras mais rigorosas da UE: proibição de PFAS em cosméticos (2026) e têxteis (2030), além de monitoramento em tempo real da poluição da água. A Bélgica enfrenta crises duplas: contaminação oculta por bases americanas na Valônia e um acordo de 571 milhões de euros com a 3M na Flandres. A Itália condenou executivos da Mitsubishi a 17 anos de prisão por poluição da água.
Regulamentação em toda a UE
Cinco países propuseram em 2023 uma proibição total de PFAS, agora em avaliação científica até 2026. A Comissão Europeia promete ação rápida, com prioridade para proibições em produtos de consumo. Novas normas para água potável entram em vigor em 2026, mas ministros alemães alertam para 'desindustrialização'.
Diferenças regionais e futuro
A Eslovênia relata uso mínimo industrial de PFAS, enquanto a Bulgária tem baixos índices de contaminação. Enquanto as negociações na UE continuam, esforços de remediação estão sendo expandidos sob o princípio do 'poluidor-pagador', com estruturas de monitoramento em desenvolvimento para toda a Europa.