Rede de Satélites Monitora Vazamentos de Metano em Tempo Real

Uma rede global de satélites detecta vazamentos de metano em tempo real, apoiando metas climáticas. O sistema alerta governos e empresas sobre grandes emissões de combustíveis fósseis, agricultura e resíduos.

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Observatório Global de Metano Revoluciona Rastreamento de Emissões

Uma rede inovadora de satélites agora oferece monitoramento em tempo real de vazamentos de metano em todo o mundo. O International Methane Emissions Observatory (IMEO), lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, utiliza sensores avançados para detectar emissões de gases de efeito estufa de instalações de petróleo e gás, minas de carvão e propriedades agrícolas. Este sistema fornece dados poucas horas após a detecção, permitindo respostas rápidas a grandes vazamentos.

A Importância do Metano

O metano é responsável por cerca de 30% do aquecimento global desde a Revolução Industrial. Embora permaneça menos tempo na atmosfera do que o CO2, é 80 vezes mais potente na regulação do calor. Estudos recentes mostram que atividades humanas produzem 360 milhões de toneladas por ano, principalmente de combustíveis fósseis (33%), pecuária (30%) e resíduos (18%).

Funcionamento do Sistema de Satélites

O Methane Alert and Response System (MARS) combina dados de múltiplos satélites. Quando grandes vazamentos são detectados, governos e empresas são alertados. A Califórnia lançou em março de 2025 sua própria rede de satélites, estabelecendo um novo padrão para monitoramento regional.

Impacto na Ação Climática

Esta tecnologia apoia o Global Methane Pledge, assinado por 150 países que buscam reduzir as emissões em 30% até 2030. Descobertas recentes revelaram que minas de carvão na Austrália emitem 3-8 vezes mais metano do que o reportado. "Temos os dados; agora precisamos de ação", diz Manfredi Caltagirone, chefe do IMEO.

Desenvolvimentos Futuros

A rede será expandida com novos satélites em 2026 para detectar vazamentos menores. Programas de treinamento estão em andamento em Angola, Líbia e outros países para capacitar respostas locais. A implementação completa pode evitar 0,3°C de aquecimento até 2050.

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