Negociadores da UE realizam última tentativa em Washington para evitar tarifas de importação dos EUA antes de 9 de julho, com divergências internas e exigências americanas para ajustar a regulação tecnológica.

Negociações comerciais cruciais UE-EUA antes do prazo
Uma delegação de alto nível da UE chegou a Washington para negociações decisivas a fim de evitar novas tarifas de importação dos EUA que entram em vigor em 9 de julho. Este esforço diplomático segue as recentes cerimônias durante a cúpula da OTAN, enquanto as tensões comerciais entre os parceiros transatlânticos aumentam novamente.
Objetivo e cronograma
Sem um acordo de avanço, a União Europeia enfrentará tarifas punitivas sobre bens e serviços exportados para os EUA. As negociações permanecem incertas, embora os Estados-membros da UE tenham pressionado a Comissão Europeia para acelerar o processo.
Política comercial de Trump
O presidente Trump continua a focar em países com um déficit comercial significativo com os EUA. Sua proposta de 1º de abril aumentaria os custos dos produtos europeus no mercado americano, com possíveis impactos para consumidores e empresas dos EUA. Embora a data de implementação tenha sido adiada várias vezes, ameaças de aumentos de 20% para 50% permanecem.
Impactos existentes
As atuais tarifas de 50% sobre aço e alumínio já afetam €3,3 bilhões em exportações holandesas anualmente. As novas medidas ampliariam essa pressão econômica para mais setores.
Dinâmica das negociações
Apesar do mandato central de negociação da UE sob a presidência de Ursula von der Leyen, Trump tentou repetidamente negociar bilateralmente com Estados-membros individuais. Durante a cúpula da OTAN, ele ameaçou especificamente a Espanha devido a divergências sobre gastos com defesa.
Divergências na UE
As posições internas da UE divergem à medida que o prazo se aproxima. Itália e Alemanha parecem dispostas a aceitar tarifas de 10% sem contramedidas da UE, semelhantes ao acordo anterior do Reino Unido com Trump. A França defende tarifas equivalentes da UE, enquanto o primeiro-ministro holandês Schoop mantém sua preferência pela eliminação total, apesar de reconhecer sua improbabilidade.
Regulação de tecnologia como fator
A UE rejeitou firmemente as sugestões dos EUA para modificar a Lei dos Mercados Digitais (DMA) - uma legislação inovadora projetada para limitar o domínio de mercado das grandes empresas de tecnologia. A Comissão declarou: "Isso não é negociável. Seria injusto para as empresas que já cumprem essas regras." A DMA impõe obrigações estritas às plataformas controladoras, incluindo requisitos de interoperabilidade e proibições de autopreferência.
Próximos passos
Após as primeiras discussões técnicas, o comissário da UE Maroš Šefčovič se juntará às negociações em Washington amanhã, enquanto ambas as partes correm contra o prazo de 9 de julho.