Piratas somalis sequestraram o navio-tanque grego Hellas Aphrodite na costa da Somália, o primeiro navio comercial em mais de um ano. Todos os 24 tripulantes estão seguros na cidadela do navio. O ressurgimento está ligado aos ataques Houthis que desviam recursos navais.
Piratas atacam navio-tanque grego na costa da Somália
Em um dramático ressurgimento da pirataria somali, atacantes armados sequestraram o navio-tanque grego Hellas Aphrodite na costa da Somália, utilizando metralhadoras e lançadores de foguetes durante o ataque. O incidente ocorreu na quinta-feira, 6 de novembro de 2025, aproximadamente 560 milhas náuticas a sudeste de Eyl, Somália, no Oceano Índico.
O navio, que navegava sob bandeira maltesa, estava viajando de Sikka, Índia, para Durban, África do Sul, com gasolina quando foi abordado por um pequeno barco com os atacantes. De acordo com a United Kingdom Maritime Trade Operations, os piratas dispararam armas de fogo portáteis e RPGs antes de embarcarem com sucesso no navio-tanque.
Tripulação se abriga na cidadela
Todos os 24 membros da tripulação a bordo do Hellas Aphrodite se trancaram com segurança na cidadela fortificada do navio - um espaço seguro projetado especificamente para tais emergências. 'A tripulação seguiu os protocolos de segurança estabelecidos e está atualmente segura na cidadela,' confirmou um porta-voz da Latsco Marine Management, a empresa grega que gerencia o navio.
A empresa de segurança Ambrey relatou que os piratas provavelmente operavam a partir de um barco de pesca iraniano previamente roubado. Notavelmente, o navio-tanque não tinha uma equipe de segurança armada a bordo durante o ataque.
Ressurgimento da pirataria somali
Este incidente marca o primeiro sequestro bem-sucedido de um navio comercial por piratas somalis em mais de um ano e indica um aumento preocupante da pirataria na região. 'Estamos testemunhando um claro ressurgimento da pirataria somali que requer atenção internacional imediata,' declarou o almirante Francisco Javier Vázquez Sanz, comandante da Operação Atalanta, missão antipirataria da União Europeia.
O ataque segue outro incidente recente envolvendo o Stolt Sagaland, sob bandeira das Ilhas Cayman, onde ocorreram trocas de tiros entre navios. Segundo especialistas em segurança marítima, a pirataria somali tem aumentado desde o final de 2023, com sete incidentes relatados apenas em 2024.
Preocupações regionais de segurança
O ressurgimento da pirataria ocorre em meio ao aumento da insegurança regional, parcialmente atribuída a ataques de rebeldes Houthis na área do Mar Vermelho relacionados ao conflito Israel-Hamas. 'A realocação de recursos marítimos para combater atividades Houthis criou um vácuo de segurança que os piratas estão explorando,' explicou o analista de segurança marítima John Smith do Diaplous Group.
A pirataria somali atingiu anteriormente um pico em 2011 com 237 ataques relatados que custaram cerca de US$ 7 bilhões à economia mundial. A ameaça diminuiu significativamente após intervenção internacional, incluindo patrulhas marítimas aprimoradas e melhor governança na Somália.
No entanto, a situação atual indica que as redes de piratas permanecem ativas e capazes. A Operação Atalanta da União Europeia alertou que os ataques piratas na região 'quase certamente' continuarão a ocorrer sem medidas de segurança aprimoradas.
Enquanto as autoridades internacionais monitoram a situação, as companhias de navegação são aconselhadas a exercer extrema cautela ao navegar pela região do Chifre da África e implementar protocolos de segurança robustos para seus navios e tripulações.
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