Protestos contra o aumento dos preços dos alimentos se espalharam pela Europa, com a Suécia aderindo a um boicote a supermercados. A campanha destaca a pressão econômica sobre as famílias e pede intervenção governamental.

Suécia se Junta à Onda de Boicotes
Em março de 2025, a Suécia tornou-se o mais novo país europeu a enfrentar protestos em grande escala contra o aumento dos preços dos alimentos. Um boicote de sete dias contra grandes supermercados, incluindo Lidl, Hemköp, Ica, Coop e Willys, foi organizado sob a campanha 'Bojkotta vecka 12' (Boicote semana 12). O movimento, impulsionado pelas redes sociais, teve como objetivo chamar atenção para os preços 'explosivos' de produtos básicos, que desde 2022 subiram cerca de 30.000 coroas suecas (£2.290) por ano para as famílias.
O Contexto Global
Os protestos na Suécia fazem parte de uma tendência mais ampla de inquietação social devido à inflação e à crise do custo de vida. Boicotes semelhantes foram relatados na Bulgária, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro e Sérvia. Manifestantes culpam oligopólios de supermercados e grandes produtores por priorizarem lucros em vez de acessibilidade, enquanto varejistas apontam fatores globais como guerra, geopolítica e mudanças climáticas como causas do aumento dos preços.
Resposta do Governo
A ministra das Finanças da Suécia, Elisabeth Svantesson, reconheceu o problema, mas destacou uma queda na inflação geral de 10% em 2022 para 1,3% em fevereiro de 2025. Apesar disso, os preços dos alimentos permanecem teimosamente altos, levando a pedidos de intervenção política. O governo prometeu melhorar a concorrência no setor alimentício e aumentar a produção doméstica para estabilizar os preços.
Impacto e Ações Futuras
Embora o impacto direto do boicote nos supermercados tenha sido variado, ele conseguiu iniciar um debate nacional. Os organizadores planejam intensificar seus esforços com um boicote de três semanas contra a Ica e a Arla, a maior rede de supermercados e uma importante produtora de laticínios da Suécia. O movimento destaca a crescente frustração dos consumidores e a necessidade urgente de soluções sistêmicas para a acessibilidade dos alimentos.