Grande Atualização das Normas de Verificação ESG Lançada para 2025
Uma atualização abrangente das normas globais de verificação ESG (Ambiental, Social e Governança) foi lançada, com novas diretrizes de auditoria, prazos de divulgação e mecanismos de fiscalização que mudarão fundamentalmente os relatórios de sustentabilidade corporativa. A atualização, proveniente do International Sustainability Standards Board (ISSB), representa a revisão mais significativa dos requisitos de verificação ESG desde a criação do quadro.
As novas normas, IFRS S1 e IFRS S2, baseiam-se no quadro da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), mas introduzem várias mudanças cruciais. 'Esta não é apenas uma atualização de conformidade—é uma mudança fundamental em como as empresas devem demonstrar seus esforços de sustentabilidade,' diz a especialista em sustentabilidade Dra. Maria Chen do Global Sustainability Institute. 'Só os requisitos de auditoria forçarão as empresas a repensar completamente seus processos de coleta e verificação de dados.'
Principais Mudanças na Atualização de 2025
A mudança mais significativa é a obrigatoriedade de relatar emissões completas de Escopo 3 em 15 subcategorias diferentes. Anteriormente opcionais ou limitadas a certas indústrias, as emissões de Escopo 3—que incluem emissões indiretas da cadeia de valor de uma empresa—agora devem ser totalmente relatadas e verificadas. Isso representa uma enorme expansão dos requisitos de relatórios para a maioria das empresas.
Outro desenvolvimento importante é a introdução da análise de impacto financeiro baseada em cenários. As empresas agora devem demonstrar como os riscos e oportunidades relacionados ao clima podem afetar seu desempenho financeiro sob diferentes cenários climáticos. 'Isso muda os relatórios ESG de retrospectivos para prospectivos,' explica o analista financeiro James Peterson. 'As empresas não podem apenas relatar o que aconteceu no ano passado—elas devem mostrar o quão preparadas estão para o que pode acontecer no futuro.'
Supervisão de Governança e Requisitos de Auditoria Reforçados
A atualização fortalece significativamente os requisitos de supervisão de governança, exigindo que considerações ESG sejam integradas aos pacotes de remuneração dos diretores. Isso cria incentivos financeiros diretos para os líderes empresariais priorizarem o desempenho de sustentabilidade.
Talvez o mais importante, as normas introduzem novos requisitos de auditoria limitada para divulgações materiais. Isso significa que certas métricas ESG agora devem passar por verificação de terceiros, semelhante a auditorias financeiras. 'Os requisitos de auditoria são um divisor de águas,' observa a especialista em auditoria Sarah Williams da BDO Global. 'As empresas precisarão construir trilhas de auditoria e sistemas de documentação que possam suportar o mesmo nível de escrutínio que seus relatórios financeiros.'
Prazos de Divulgação e Mecanismos de Fiscalização
O cronograma de implementação varia por jurisdição, mas geralmente segue uma abordagem faseada. Grandes empresas listadas em jurisdições participantes devem cumprir as novas normas para exercícios financeiros que começam em ou após 1º de janeiro de 2025, com empresas menores e entidades privadas seguindo em anos posteriores.
Os mecanismos de fiscalização também foram significativamente fortalecidos. As autoridades regulatórias em países participantes recebem poderes ampliados para impor multas por não conformidade, incluindo penalidades financeiras, suspensões de negociação e, em casos graves, desqualificação de diretores. A Diretiva Europeia de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) já integrou essas normas, com fiscalização por meio de autoridades nacionais competentes.
Adoção Global e Variações Regionais
As normas do ISSB estão vendo uma rápida adoção global. A União Europeia integrou totalmente os princípios do ISSB em seu quadro CSRD, enquanto o Reino Unido se comprometeu a aderir até 2026. Canadá, Japão, Austrália e Singapura estão todos implementando quadros baseados no ISSB com pequenos ajustes regionais.
No entanto, o cenário regulatório permanece fragmentado, especialmente nos Estados Unidos. Enquanto a SEC retirou sua defesa das regras de divulgação climática de 2024, as leis de divulgação climática SB 253 e SB 261 da Califórnia emergem como padrões nacionais de fato, afetando cerca de 75% das empresas da Fortune 1000. 'Empresas que operam internacionalmente enfrentam um complexo mosaico de requisitos,' observa o especialista em conformidade regulatória David Kim. 'Elas devem se preparar para os padrões mais rigorosos em todas as suas jurisdições operacionais.'
Preparando-se para os Novos Requisitos
As empresas devem agir imediatamente para se preparar para essas mudanças. Passos importantes incluem realizar análises abrangentes de lacunas, envolver conselhos e liderança sênior, atualizar sistemas de gerenciamento de dados, mapear cadeias de valor para emissões de Escopo 3, desenvolver capacidades de modelagem de cenários e se preparar para processos de auditoria.
A atualização também reflete tendências mais amplas na regulamentação ESG, incluindo a crescente demanda dos investidores por dados padronizados e comparáveis e a pressão crescente de parceiros da cadeia de suprimentos. Como observado no Global Regulations Radar 3rd Edition 2025 da ERM, as empresas devem navegar por um cenário regulatório cada vez mais complexo enquanto mantêm sua competitividade.
Para mais informações sobre as normas do ISSB, visite análise da Seneca ESG. Detalhes sobre desenvolvimentos regulatórios globais podem ser encontrados no Global Regulations Radar da ERM.