Acordo Histórico de Tributação Global Entra em Fase de Implementação
Num passo revolucionário para a cooperação tributária internacional, países em todo o mundo estão trabalhando em normas fiscais universais sob a solução de Dois Pilares do Quadro Inclusivo da OCDE/G20. O acordo, que busca uma taxa mínima global de imposto corporativo de 15% para grandes empresas multinacionais, recebeu apoio de mais de 140 países desde o início. Esta iniciativa visa conter a concorrência fiscal e a transferência de lucros, garantindo que as empresas paguem uma parcela justa, independentemente de onde operem. 'Este é um passo crucial para uma economia mundial mais justa,' disse um porta-voz da OCDE em declaração recente. O acordo aborda os desafios de erosão da base tributária e transferência de lucros (BEPS), agravados pela digitalização, com o Pilar Dois focando na taxa mínima de tributação.
Desenvolvimentos Recentes em 2025
A partir de 2025, a implementação está em andamento, com muitos países adotando leis para abraçar o quadro do Pilar Dois. De acordo com um rastreador da PwC, mais de 60 jurisdições já adotaram legislação, com os primeiros prazos de conformidade começando no final de 2025. No entanto, persistem incertezas, especialmente quanto à posição dos Estados Unidos. Um relatório da Grant Thornton destaca um acordo do G7 em junho de 2025 para possivelmente isentar empresas americanas, levantando preocupações sobre consistência. 'Precisamos de unidade global para evitar lacunas,' observou um especialista tributário da UE. A OCDE continua a facilitar discussões, com atualizações em seu relatório de 2025 para os ministros das finanças do G20, enfatizando transparência e ajustes à economia digital.
Impactos e Desafios
Espera-se que o imposto mínimo global gere receitas significativas para os governos, estimado para reduzir a transferência de lucros por multinacionais. Uma análise do Tax Policy Center observa que multinacionais americanas podem enfrentar passivos fiscais mais altos, causando mudanças estratégicas. Críticos argumentam que a taxa de 15% é muito baixa, com alguns defendendo limites mais altos para equidade. 'Uma taxa de 25% serviria melhor aos países em desenvolvimento,' disse um representante da Tax Justice Network. Os obstáculos de implementação incluem harmonizar leis nacionais e abordar impostos sobre serviços digitais, como evidenciado por tensões comerciais recentes. O sucesso do acordo depende da ampla conformidade e da evitar medidas unilaterais que possam minar o quadro.
Perspectivas Futuras
Olhando para o futuro, a OCDE busca implementação completa até 2026, com negociações contínuas para refinar regras. Países como Irlanda e Hungria, inicialmente hesitantes, aderiram após garantias sobre estabilidade tarifária. O foco está em criar condições equitativas, com dados da OCDE mostrando um consenso crescente. À medida que as economias se digitalizam, este acordo representa uma evolução crítica na política tributária internacional, prometendo um crescimento global mais sustentável e justo.