Novo ataque russo à capital ucraniana
A Rússia lançou novamente uma onda de ataques com mísseis contra Kiev, ferindo pelo menos oito pessoas na última escalada do conflito em curso. O ataque noturno de 25 de outubro de 2025 envolveu mísseis balísticos e drones direcionados à capital ucraniana, marcando o segundo grande ataque à cidade em poucos dias.
Detalhes do ataque
De acordo com o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, que relatou no Telegram, o ataque causou vários incêndios na cidade, com vários carros e edifícios desocupados sendo consumidos pelas chamas. Um prédio residencial também foi danificado durante o ataque. 'Estamos enfrentando o inverno mais difícil desde o início da guerra,' alertou Klitschko mais cedo nesta semana, expressando preocupação com os ataques intensificados da Rússia à infraestrutura enquanto as temperaturas caem.
A Força Aérea Ucraniana havia emitido alertas sobre vários mísseis balísticos russos se aproximando da capital pouco antes que explosões fossem ouvidas em toda Kiev, conforme relatado pelo The Kyiv Independent. Este último ataque segue um ataque massivo russo em 22 de outubro que matou pelo menos seis pessoas em toda a Ucrânia, incluindo duas crianças, e feriu outras 44.
Estratégia de inverno em escalada
A Rússia parece estar intensificando os ataques às cidades ucranianas e à infraestrutura energética à medida que o inverno se aproxima, uma estratégia que se tornou cada vez mais comum no conflito. 'A Rússia está claramente tentando quebrar nosso espírito e nossa infraestrutura antes que o frio chegue,' disse a analista militar Maria Kovalenko do Center for Defense Strategies, sediado em Kiev. 'Esses ataques a áreas civis visam causar máxima disrupção e sofrimento.'
O ataque de 25 de outubro envolveu nove mísseis balísticos Iskander-M lançados das regiões russas de Rostov e Kursk, juntamente com 62 drones de ataque do tipo Shahed, de acordo com relatórios militares ucranianos. A defesa aérea ucraniana interceptou com sucesso 50 drones e quatro mísseis, mas cinco mísseis balísticos e 12 drones atingiram alvos na capital.
Contexto mais amplo do conflito
O ataque ocorre em meio a tensões diplomáticas contínuas e desenvolvimentos militares no conflito de quase quatro anos. A guerra, que começou com a invasão em larga escala da Rússia em fevereiro de 2022, tornou-se o maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, resultando em centenas de milhares de baixas e milhões de ucranianos deslocados.
Nas últimas semanas, houve maior atenção internacional ao conflito, com discussões sobre possíveis negociações de paz e apoio militar contínuo à Ucrânia. Os Estados Unidos impuseram recentemente novas sanções às empresas de energia russas Rosneft e Lukoil, embora o presidente russo Vladimir Putin as tenha descartado como ineficazes.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy tem apelado repetidamente por mais apoio militar de aliados ocidentais, particularmente armas de longo alcance que possam ajudar a contra-atacar os ataques russos. 'Precisamos dos meios para defender nosso povo e nossas cidades,' disse Zelenskyy em um discurso recente. 'Cada dia que passa sem apoio adequado custa vidas ucranianas.'
O conflito testemunhou numerosas escaladas e desescaladas, mas a recente onda de ataques sugere que a Rússia está se preparando para uma campanha de inverno difícil. Com temperaturas caindo e necessidades energéticas crescentes, a Ucrânia enfrenta desafios significativos para proteger tanto suas posições militares quanto sua infraestrutura civil.
Enquanto as operações de resgate em Kiev continuam e as avaliações de danos são realizadas, as autoridades ucranianas instam os residentes a permanecerem vigilantes e seguirem os alertas de ataques aéreos. Os serviços de emergência do país estão trabalhando dia e noite para responder aos últimos ataques e fornecer assistência aos afetados.