Encontro histórico no Alasca
O presidente Donald Trump e o presidente Vladimir Putin se encontrarão nesta sexta-feira no Alasca, marcando seu primeiro encontro pessoal desde 2019. O anúncio foi feito por Trump em sua plataforma Truth Social, com posterior confirmação do Kremlin. Os líderes devem focar na resolução do conflito na Ucrânia, embora os pontos específicos da agenda ainda não tenham sido divulgados.
Controvérsia sobre concessões territoriais
Durante comentários preliminares, Trump sugeriu que todas as partes estavam próximas de um cessar-fogo, possivelmente incluindo "troca de territórios" — uma proposta que o presidente ucraniano Zelensky consistentemente rejeitou. O encontro segue uma reunião preparatória de três horas entre Putin e o diplomata Steve Witkoff, descrita por Moscou como "positiva e construtiva".
Escolha estratégica da localização
O Alasca foi escolhido devido à sua proximidade com a Rússia e considerações de segurança. O local evita problemas relacionados ao mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra Putin, que limita suas viagens a 125 países membros. O correspondente Rudy Bouma observou: "O Alasca oferece segurança geopolítica e simboliza a conexão física entre os países pelo Estreito de Bering".
Contexto diplomático
Este será o sétimo encontro entre Trump e Putin, com sua controversa cúpula em Helsinque em 2018 permanecendo particularmente memorável. Na ocasião, Trump pareceu preferir a negação de Putin sobre a interferência russa nas eleições americanas em vez das conclusões das agências de inteligência dos EUA. As recentes visitas de Witkoff a Moscou mostraram uma receptividade semelhante às narrativas do Kremlin, incluindo alegações sobre referendos em territórios ucranianos ocupados.
Pressão econômica
Paralelamente, Trump intensificou medidas econômicas contra países que mantêm relações comerciais com a Rússia, incluindo tarifas de importação de 25% para a Índia após suas compras contínuas de petróleo russo. O governo americano emitiu avisos semelhantes à China e outros parceiros comerciais da Rússia, como pressão antes das negociações.