
Senado dos EUA aprova polêmica 'One Big Beautiful Bill'
Após uma sessão maratona de 24 horas, o Senado dos Estados Unidos aprovou o importante projeto de gastos do presidente Trump, chamado 'One Big Beautiful Bill'. A votação terminou em um empate de 50-50, quebrado pelo vice-presidente Vance em seu papel constitucional como presidente do Senado.
Caminho legislativo e oposição
Apesar da maioria republicana de 53 assentos, o projeto exigiu o voto do vice-presidente. A legislação aprovada agora retorna à Câmara dos Representantes, que já havia aprovado uma versão anterior. O presidente Trump espera sancionar a lei até o dia 4 de julho, Dia da Independência.
Os democratas se opuseram veementemente à legislação, principalmente devido aos cortes na seguridade social, reduções de impostos para empresas, fundos adicionais para segurança fronteiriça e a eliminação de subsídios para energia verde. O líder do Senado, Schumer, chamou o resultado de 'traição ao povo americano'.
Impacto econômico e reações
A versão modificada pelo Senado adiciona US$ 651 bilhões ao pacote original de US$ 3,3 trilhões, aumentando significativamente a dívida pública. Grupos conservadores alertaram que isso contraria a responsabilidade fiscal. Republicanos moderados expressaram preocupação com cortes mais profundos em programas de saúde.
Elon Musk anunciou a criação do 'The America Party' se a lei for aprovada, criticando o impacto financeiro. Apesar de seu apoio anterior a Trump, Musk condenou os senadores que votaram a favor do projeto na plataforma X.
Perspectivas na Câmara
O presidente da Câmara, Johnson, permanece otimista sobre a aprovação oportuna, chamando-a de cumprimento da agenda 'America First' de Trump. No entanto, o projeto enfrenta pressão de democratas e republicanos preocupados com a dívida. Pesquisas mostram que a maioria dos americanos é contra.
Analistas destacam que os líderes republicanos não podem arcar com muitos votos contrários, dada sua pequena maioria. O presidente Trump ameaçou enfrentar republicanos dissidentes nas primárias, aumentando a pressão sobre os legisladores.