
Fase decisiva nas negociações sobre o teto da dívida
Negociações bipartidárias entraram em uma fase decisiva enquanto legisladores correm contra o tempo para elevar o teto da dívida dos EUA antes que as medidas temporárias do Tesouro se esgotem. A secretária Janet Yellen alertou que os EUA poderiam entrar em default já em meados de julho sem ação do Congresso, o que poderia causar turbulência financeira global.
O impasse
O atual teto da dívida de US$ 31,4 trilhões foi redefinido em 1º de janeiro de 2025 após o término da suspensão anterior. Desde então, o Tesouro tem usado medidas contábeis para financiar o governo, mas essas soluções temporárias estão se esgotando. Não elevar o teto significaria:
- Pagamentos perdidos a funcionários federais
- Atrasos nos benefícios da Previdência Social
- Risco de default da dívida pública americana
Dinâmica das negociações
Republicanos exigem cortes orçamentários como condição para apoio. O presidente da Câmara, Mike Johnson, propôs congelar gastos discricionários no nível de 2024. Democratas, liderados pelo líder do Senado Chuck Schumer, querem um aumento "limpo" sem condições políticas.
O presidente Biden conduziu várias reuniões com líderes do Congresso esta semana: "Não podemos brincar de roleta russa com o crédito dos Estados Unidos."
Preocupações do mercado
Mercados financeiros mostram volatilidade crescente. Os custos para segurar contra risco de default dos EUA dobraram desde janeiro. Agências de classificação colocaram títulos americanos em "observação negativa".
O presidente do Fed, Jerome Powell, alertou: "Um default americano causaria disrupção econômica sem precedentes." Historicamente, a crise do teto da dívida em 2011 custou US$ 1,3 bilhão em custos de empréstimos mais altos.
Plano de progresso
Negociadores consideram uma solução em duas etapas:
- Suspensão de curto prazo até setembro de 2025
- Comissão orçamentária bipartidária para soluções de longo prazo
Ambas as casas do Congresso querem votar antes do recesso de julho. Projeções mostram que a inação poderia reduzir o PIB em 4-6% e custar 3 milhões de empregos.