
Após uma dolorosa derrota de seu candidato nas eleições presidenciais, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk está tentando assegurar o apoio ao seu governo. O Sejm—o parlamento—realizará um voto de confiança na próxima semana sobre o governo. Esta é uma tentativa de Tusk de mostrar que consegue manter unida sua coalizão diversificada, embora fissuras na cooperação estejam se tornando visíveis.
Tusk reconheceu a nova realidade política na Polônia, referindo-se ao fracasso em eleger um presidente de sua preferência. O nacionalista Karol Nawrocki, que venceu por uma pequena margem, bloqueará planos importantes do governo, assim como seu antecessor conservador Duda. Tusk enfatizou que a constituição, as obrigações e as expectativas dos cidadãos permanecem inalteradas, embora muitas promessas provavelmente não sejam cumpridas.
A coalizão, composta por partidos ideologicamente diversos, enfrenta desafios internos. Os parceiros da coalizão mostraram pouco entusiasmo pelo voto de confiança, com alguns chamando-o de 'má ideia'. Analistas políticos sugerem que eleições antecipadas podem beneficiar o partido de oposição PiS, que anteriormente enfraqueceu o Estado de direito e entrou em conflito com Bruxelas.