Democratas exibem suposta nota de aniversário de Trump para Epstein com desenho grosseiro. Casa Branca nega autenticidade enquanto batalha política por documentos de Epstein se intensifica.

Comissão americana libera documentos controversos de Epstein
Os democratas da Comitê de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara liberaram uma nota de aniversário que, segundo eles, seria de Donald Trump para o delinquente sexual condenado Jeffrey Epstein. O documento, obtido do espólio de Epstein, mostra uma mensagem manuscrita com um desenho grosseiro de um corpo feminino.
A nota controversa
A suposta nota de 2003 contém o texto: "Um amigo é fantástico de se ter. Parabéns e que cada dia seja um delicioso segredo." De acordo com o The Wall Street Journal, o documento fazia parte de um álbum de aniversário que Epstein recebeu de sua ex-namorada e cúmplice Ghislaine Maxwell.
Negociações da Casa Branca
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, rejeitou imediatamente o documento e declarou nas redes sociais: "Como já disse antes, é muito claro que o presidente Trump não fez este desenho e não assinou." A declaração levou a acaloradas discussões online sobre a autenticidade da assinatura.
Resposta dos republicanos
O congressista republicano Thomas Massie relativizou a importância da nota: "Isso não prova nada. Um cartão de aniversário de Trump não ajuda as vítimas de Epstein." Massie está trabalhando com os democratas para pressionar o Departamento de Justiça a liberar todos os documentos de Epstein.
Contexto histórico
Trump e Epstein se conheceram desde o final dos anos 1980 até o início dos anos 2000. Eles eram vizinhos em Palm Beach e socializavam regularmente em Mar-a-Lago e outros locais. Registros de voos mostram que Trump viajou várias vezes no jato particular de Epstein entre 1993 e 1997.
Trump processou anteriormente o The Washington Post por suas reportagens sobre seu relacionamento com Epstein: "Não são minhas palavras. Eu não falo assim. E não faço desenhos," declarou Trump em julho.
Investigações em andamento
A divulgação ocorre após pressão crescente sobre Trump para apoiar a divulgação completa dos documentos de Epstein. Na semana passada, mais de 33.000 páginas do caso Epstein foram liberadas, embora organizações de vítimas afirmem que mais documentos estão sendo retidos.
Epstein foi encontrado morto em sua cela em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual. Sua morte foi oficialmente declarada suicídio, mas permanecem questões sobre vigilância por câmeras e evidências.