Pacto Global de Biodiversidade Inicia Fase de Implementação com US$200B

Pacto global de biodiversidade inicia implementação com financiamento anual de US$200 bilhões para países em desenvolvimento. Acordo histórico protege 30% das terras e oceanos até 2030 através de áreas protegidas expandidas e monitoramento.

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Acordo Histórico de Biodiversidade Avança para Fase Ativa

Após anos de negociações e uma dramática descoberta no início de 2025, o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal entrou oficialmente na fase de implementação, marcando um ponto de virada crítico nos esforços globais de conservação da natureza. O acordo inovador, adotado em dezembro de 2022, estabelece metas ambiciosas para deter e reverter a perda de biodiversidade até 2030, incluindo a proteção de 30% das terras e oceanos em todo o mundo.

Descoberta de Financiamento em Roma

A fase de implementação ganhou impulso crucial durante uma sessão estendida da COP16 realizada em Roma de 25 a 27 de fevereiro de 2025, onde os países participantes finalmente chegaram a um acordo sobre um roteiro abrangente para fornecer aos países em desenvolvimento US$ 200 bilhões por ano para financiar metas de conservação da natureza. Este compromisso financeiro representa um dos maiores pacotes de financiamento ambiental da história e aborda um obstáculo importante que ameaçava descarrilar toda a estrutura.

'Esta descoberta de financiamento representa nosso compromisso coletivo de transformar promessas em ação,' disse David Cooper, secretário executivo interino da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. 'Agora temos os recursos para realizar nossas ambições de proteger a preciosa biodiversidade da Terra.'

Expansão de Áreas Protegidas

Central para a estratégia de implementação está a rápida expansão de áreas protegidas em todo o mundo. Atualmente, apenas 17% da área terrestre e 10% da área oceânica têm status protegido, muito abaixo da meta de 30% para 2030. O novo financiamento acelerará a criação e gestão de áreas protegidas, especialmente em países em desenvolvimento ricos em biodiversidade que abrigam a maioria das espécies da Terra.

'A meta 30x30 não é apenas sobre traçar linhas em mapas - é sobre criar áreas naturais efetivamente gerenciadas e bem financiadas que realmente protejam a biodiversidade,' explicou Maria Rodriguez, bióloga conservacionista do Fundo Mundial para a Natureza. 'Este financiamento torna isso possível em lugares onde os recursos eram a principal limitação.'

Estrutura de Monitoramento e Prestação de Contas

Um sistema de monitoramento avançado foi estabelecido para acompanhar o progresso em direção às 23 metas da estrutura. Cada país participante deve desenvolver e implementar Estratégias e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (NBSAPs), com relatórios regulares sobre seu progresso de implementação. No entanto, permanecem preocupações com o cumprimento, já que apenas 25 dos 195 países haviam submetido seus NBSAPs até o prazo da COP16 no final de 2024.

A estrutura de monitoramento inclui rastreamento por satélite de mudanças de habitat, monitoramento de populações de espécies e avaliações regulares da saúde do ecossistema. 'Estamos construindo o sistema de monitoramento de biodiversidade mais abrangente já criado,' disse o Dr. James Chen do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 'Isso nos fornece dados em tempo real para ajustar o curso e garantir que estamos atingindo nossas metas.'

Desafios de Implementação

Apesar da descoberta de financiamento, desafios significativos permanecem. Muitos países em desenvolvimento não têm capacidade institucional para gerenciar efetivamente grandes projetos de conservação, e a corrupção continua sendo uma preocupação em algumas regiões. Além disso, a estrutura deve navegar por questões complexas de direitos à terra, especialmente em relação a áreas indígenas que se sobrepõem a áreas protegidas propostas.

'O verdadeiro teste começa agora,' observou a especialista em política ambiental Sarah Johnson. 'Ter dinheiro é uma coisa - gastá-lo de forma eficaz e transparente é outra. Precisamos de mecanismos de governança fortes para garantir que esses fundos realmente cheguem aos esforços de conservação no local.'

Cooperação Global e Próximos Passos

A fase de implementação representa um nível sem precedentes de cooperação internacional em conservação da biodiversidade. A estrutura reúne países desenvolvidos e em desenvolvimento, atores do setor privado, comunidades indígenas e organizações da sociedade civil em um esforço coordenado para enfrentar a crise da biodiversidade.

Os países agora estão correndo para elaborar seus planos de implementação, com muitos esperados para anunciar designações específicas de áreas protegidas e programas de conservação ao longo de 2025. O sucesso desta estrutura ambiciosa dependerá de vontade política contínua, monitoramento eficaz e cooperação internacional contínua nos próximos anos.

'Esta é nossa última melhor chance de salvar a biodiversidade da Terra,' concluiu Cooper. 'A ciência é clara, a estrutura está em vigor e agora o financiamento está garantido. Não há mais desculpas - temos que entregar.'

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