Nova Força-Tarefa Internacional para Mineração em Mar Profundo é formada para avaliar estruturas ambientais e legais para extração de recursos oceânicos. Partes interessadas de governos, indústria e grupos ambientais colaboram em abordagens sustentáveis.
Iniciativa Global Lançada para Desafios da Mineração em Mar Profundo
Em um marco para a governança oceânica, uma Força-Tarefa Internacional para Mineração em Mar Profundo foi formalmente estabelecida para avaliar estruturas ambientais e legais para a extração de minerais valiosos do fundo do oceano. Esta iniciativa multinacional reúne partes interessadas de governos, indústria, comunidades científicas e organizações ambientais para abordar um dos desafios mais urgentes de recursos marinhos do nosso tempo.
Partes Interessadas Unidas para Gestão Oceânica Sustentável
A força-tarefa representa uma colaboração entre países com interesses significativos em minerais de mar profundo, incluindo Noruega, Ilhas Cook e estados insulares do Pacífico, além de organizações ambientais e empresas de mineração. 'Isto representa um passo crucial para equilibrar oportunidades econômicas com responsabilidade ambiental,' declarou a especialista em políticas marinhas Dra. Elena Rodriguez. 'Não podemos nos dar ao luxo de repetir os erros da mineração terrestre em nossos oceanos.'
A formação ocorre em um momento crítico, já que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) está sob pressão para finalizar regulamentações até 2025. A ISA, que gerencia recursos do fundo do mar além da jurisdição nacional sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, emitiu 31 licenças de exploração, mas ainda não aprovou operações comerciais em larga escala.
Preocupações Ambientais Impulsionam Desenvolvimento de Estruturas
A mineração em mar profundo foca em três formações minerais principais: nódulos polimetálicos encontrados em profundidades de 4-6 km, sulfetos polimetálicos em dorsais meso-oceânicas e crostas ricas em cobalto no Pacífico Ocidental. Somente a Zona Clarion-Clipperton contém mais de 21 bilhões de toneladas de nódulos polimetálicos, com minerais como cobre, níquel, cobalto e manganês representando aproximadamente 30% de seu peso.
Organizações ambientais expressaram preocupações significativas sobre possíveis danos aos ecossistemas. 'O mar profundo representa um dos últimos ambientes intocados da Terra,' observou a bióloga marinha do Greenpeace Dra. Sarah Chen. 'Operações de mineração podem destruir habitats vulneráveis e criar plumas de sedimento que podem espalhar poluição por vastas áreas oceânicas.'
Pesquisa recente publicada na Frontiers in Marine Science destaca deficiências nas atuais estruturas de avaliação de impacto ambiental, particularmente na avaliação de riscos, avaliação de impacto cumulativo e engajamento das partes interessadas.
Desafios Legais e Regulatórios
A força-tarefa examinará o complexo cenário legal que rege a mineração em mar profundo, incluindo o papel da Legislação de Mineração da ISA e regulamentações nacionais dentro de zonas econômicas exclusivas (ZEEs). O governo norueguês anunciou sua intenção de permitir que empresas solicitem licenças de exploração em 2025, embora esses planos tenham enfrentado contratempos temporários devido à oposição política.
Enquanto isso, a The Metals Company, uma startup canadense, continua com planos para lançar a primeira mina de mar profundo do mundo no Pacífico Oriental, possivelmente contornando o processo regulatório da ISA. Conforme relatado pela NPR, a empresa planeja solicitar aprovação dos Estados Unidos até o final de junho de 2025.
'O quadro legal está fragmentado e evoluindo rapidamente,' explicou o professor de direito internacional Dr. Michael Thompson. 'Precisamos de padrões internacionais coordenados para evitar uma corrida regulatória para o fundo.'
Impulsionadores Econômicos e Minerais Críticos
A pressão pela mineração em mar profundo é amplamente impulsionada pela transição global para tecnologias de energia limpa. Baterias de veículos elétricos, parques eólicos, sistemas de energia solar e tecnologias de bateria exigem quantidades significativas dos metais críticos encontrados em depósitos de mar profundo. Estima-se que o fundo do oceano global contenha mais de 120 milhões de toneladas de cobalto, cinco vezes a quantidade encontrada em reservas terrestres.
Países em desenvolvimento estão particularmente interessados em garantir uma distribuição justa dos benefícios econômicos. O sistema "paralelo" da ISA resultou em mais de 30 contratos de exploração com 22 contratantes, possivelmente levando a múltiplas operações de mineração simultâneas.
Caminho a Seguir e Implicações Globais
A Força-Tarefa Internacional trabalhará no desenvolvimento de recomendações abrangentes para proteção ambiental, mecanismos de distribuição de benefícios e harmonização regulatória. Espera-se que seu trabalho influencie as negociações em andamento da ISA e decisões políticas nacionais.
Mais de três dezenas de países pediram uma pausa de precaução na mineração até que a regulamentação esteja completa, citando possíveis danos a espécies e ecossistemas de mar profundo desconhecidos. As recomendações da força-tarefa serão cruciais para determinar se a mineração em mar profundo pode prosseguir de maneira ambientalmente sustentável e socialmente responsável.
'Isto é mais do que apenas regulamentação de mineração,' concluiu a coordenadora da força-tarefa Maria Santos. 'É sobre definir nossa relação com o oceano para as gerações futuras.'
Nederlands
English
Deutsch
Français
Español
Português