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Até a antiga ambulância Fiat do regimento Chartia tem um dispositivo de interferência no telhado para bloquear sinais de rádio de drones russos. O regimento está estacionado em um subúrbio outrora luxuoso de Kharkiv, onde praticamente apenas militares permanecem.
Quase todas as casas aqui estão danificadas, devido aos combates do início de 2022 e aos recentes bombardeios. A fronteira russa fica a cerca de 15 quilômetros de distância. Mesmo assim, está calmo nesta manhã.
Quase todos os veículos militares circulam aqui com um bloqueador no telhado. Isso mostra o quanto a ameaça aumentou em pouco tempo. No início deste ano, muitos veículos não tinham 'REB' ('combate radioeletrônico'), como os ucranianos os chamam. Eles vêm em todos os tipos e tamanhos. Há muita improvisação e adaptação.
A maioria dos drones de ambos os lados ainda é controlada por rádio. Os bloqueadores podem interferir nesses sinais e, portanto, são uma defesa razoavelmente eficaz contra drones kamikaze, desde que a frequência do drone que se aproxima seja encontrada.
Não muito longe do posto médico, vários tanques estão escondidos em uma floresta. Um sargento, com o codinome 'Ranúnculo', é o comandante de um tanque. Ele tem 26 anos e é militar profissional desde os 18. Ao norte de Kharkiv, ele é mantido na reserva. 'Entramos em ação se os russos romperem em algum lugar', diz ele.
Na empresa 3DTEK, em algum lugar de uma localização secreta em Kiev, a produção de drones de fibra óptica está em pleno andamento. Além de uma carga explosiva, este drone também carrega seu próprio carretel de fibra óptica, que é desenrolado durante o voo. Os fios extremamente finos têm comprimentos de 10 a 30 quilômetros e transmitem imagens de vídeo para o piloto e sinais de controle para o drone.
'A vantagem de um optovolokno (fibra óptica) é que ele é resistente a bloqueadores', diz o diretor Oleksii Zjoelinskyi. 'Os drones continuam funcionando mesmo se os sinais de rádio forem suprimidos em algum lugar. Outra vantagem é que eles podem voar dentro de bunkers. Eles não precisam de conexão, pois são controlados por cabo.'
É difícil se defender contra esses drones. 'Energia cinética', diz Zjoelinskyi, ou seja, abatê-los, é uma opção. Redes são outra. O Leão Kiev, uma organização de ajuda de holandeses na Ucrânia, já enviou mais de 150 caminhões cheios de redes de pesca descartadas da Holanda e da Dinamarca para a frente de batalha.
