Rússia ataca rede elétrica ucraniana, petroleiro atingido

Rússia intensifica ataques à rede elétrica ucraniana, deixando 60.000 sem energia em Zaporizhzhia. Ucrânia retalia com ataque à infraestrutura petrolífera russa em Tuapse. Combates pesados em Pokrovsk enquanto ambos os lados escalam ataques energéticos antes do inverno.

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Apagão massivo em Zaporizhzhia após ataques russos

Cerca de 60.000 residentes na região ucraniana de Zaporizhzhia ficaram sem eletricidade após ataques noturnos russos à infraestrutura energética. O ataque representa a última escalada na campanha da Rússia contra os sistemas energéticos ucranianos com a aproximação do inverno. 'Estamos restaurando o fornecimento de energia assim que a situação de segurança permitir,' disse o governador Ivan Fedorov de Zaporizhzhia em declaração à mídia local.

Os ataques causaram danos significativos às instalações elétricas, com equipes de reparo sendo enviadas para as áreas afetadas. Duas pessoas ficaram feridas nos ataques em Zaporizhzhia, segundo autoridades regionais. A região sul de Odessa também foi atingida por ataques de drones russos, resultando em duas mortes e três feridos quando caminhões foram alvejados.

Rússia intensifica ataques à infraestrutura energética

As tropas russas aumentaram drasticamente os ataques à infraestrutura energética ucraniana nas últimas semanas. Outubro registrou mais ataques noturnos do que qualquer mês desde o início de 2023, segundo analistas militares. 'A Rússia está claramente tentando paralisar a rede energética ucraniana antes do inverno,' observou a analista de segurança Maria Kovalenko. 'Isso segue um padrão que vimos durante todo o conflito - atacar infraestrutura civil para criar o máximo de perturbação.'

A região de Zaporizhzhia, parcialmente ocupada por tropas russas desde 2022, é atacada diariamente com drones e mísseis. A região serve como um centro industrial e agrícola crucial para a Ucrânia, tornando sua infraestrutura energética um alvo estratégico.

Contra-ataques ucranianos atingem setor energético russo

Em resposta aos ataques russos, a Ucrânia lançou seus próprios ataques à infraestrutura energética russa. Drones ucranianos atingiram o porto estratégico de Tuapse no Mar Negro, onde um petroleiro foi atingido e pegou fogo, e instalações de processamento de petróleo foram danificadas. 'Todos os onze militares que desembarcaram de helicóptero foram mortos,' afirmou o Ministério da Defesa russo sobre operações ucranianas em Pokrovsk, embora fontes ucranianas tenham negado esses números de baixas.

O ataque a Tuapse representa parte da campanha mais ampla da Ucrânia contra a infraestrutura petrolífera russa. Segundo fontes de inteligência ucranianas, o Centro de Operações Especiais Alpha do serviço de segurança executou o ataque, com cinco acertos de drones registrados que desativaram infraestrutura crítica de carregamento. A Reuters relatou que o ataque forçou o fechamento temporário de vários aeroportos russos nas regiões sul e oeste por razões de segurança.

Batalha estratégica por Pokrovsk se intensifica

Enquanto isso, combates pesados continuam em torno da cidade estratégica de Pokrovsk no oblast de Donetsk, com ambos os lados reivindicando vantagens táticas. A cidade, frequentemente chamada de 'portão para Donetsk', testemunha combates intensos há mais de um ano. As tropas russas conseguiram capturar partes da cidade desde o final de outubro e tentam cercar posições ucranianas.

As tropas ucranianas recorreram ao transporte aéreo de soldados para as áreas contestadas. 'A situação é difícil e dinâmica,' reconheceu um comandante de corpo ucraniano. A mídia ucraniana relatou que unidades especiais executaram uma complexa operação de desembarque em Pokrovsk, entrando em áreas sob controle russo. No entanto, autoridades russas afirmaram ter eliminado toda a força de desembarque.

A população da cidade diminuiu dramaticamente de aproximadamente 60.000 antes da invasão de 2022 para menos de 1.500 residentes no final de 2025, segundo dados da Wikipedia. Uma importante rota de suprimentos através da cidade tornou-se inutilizável devido aos combates, dificultando a logística ucraniana.

Guerra energética de inverno se intensifica

Os ataques mútuos à infraestrutura energética sinalizam uma escalada no que analistas chamam de 'guerra energética de inverno'. Ambos os países visam a capacidade um do outro de sustentar operações militares e a vida civil durante os próximos meses frios. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky revelou que a Rússia lançou quase 1.500 drones de ataque, 1.170 bombas guiadas de defesa aérea e mais de 70 mísseis contra a Ucrânia apenas na última semana.

O conflito não mostra sinais de diminuição enquanto os esforços diplomáticos estagnam. Com a aproximação do inverno, a destruição da infraestrutura energética ameaça criar crises humanitárias nas regiões afetadas de ambos os lados do conflito.

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