EUA e Suíça fecham acordo comercial com redução de tarifas

EUA e Suíça alcançam acordo comercial com redução tarifária de 39% para 15%. Empresas suíças investirão US$ 200 bilhões nos EUA. Acordo beneficia indústria de relógios e setor farmacêutico.

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Acordo Histórico de Comércio Concluído Após Meses de Negociação

Os Estados Unidos e a Suíça alcançaram um acordo comercial inovador que reduz significativamente as tarifas de importação sobre produtos suíços de 39% para 15%. Este acordo, anunciado em novembro de 2025, marca um avanço importante nas relações comerciais transatlânticas e vem após meses de negociações intensivas.

Compromisso Maciço de Investimento de Empresas Suíças

Como parte do acordo, empresas suíças e do Liechtenstein comprometeram-se a investir US$ 200 bilhões sem precedentes nos Estados Unidos até 2028, com US$ 67 bilhões já planejados apenas para 2026. Esta promessa de investimento representa um dos maiores compromissos de investimento estrangeiro na história recente dos EUA e deverá criar milhares de empregos americanos em vários setores.

'Este acordo mostra que quando os países negociam de boa fé, podemos alcançar resultados mutuamente benéficos que fortalecem ambas as economias,' disse o Representante Comercial dos EUA, Embaixador Jamieson Greer, em um comunicado.

Setores Importantes Beneficiam-se da Redução Tarifária

A redução tarifária de 39% para 15% proporcionará alívio significativo para várias indústrias suíças importantes que foram particularmente afetadas pelas tarifas anteriores. Os fabricantes suíços de relógios, que viram suas exportações para os EUA cair 14% sob a tarifa de 39%, se beneficiarão consideravelmente. Os EUA representam cerca de 20% de todas as exportações suíças de relógios, tornando este mercado crucial para marcas de luxo como Rolex, Patek Philippe e Omega.

As empresas farmacêuticas também se beneficiarão significativamente do acordo. Grandes fabricantes suíços de medicamentos como Roche e Novartis verão seus produtos com tarifas mais baixas, com tarifas farmacêuticas limitadas a 15% em vez dos potenciais 100% que poderiam ter sido impostos sob medidas de segurança nacional dos EUA.

Disposições de Acesso Mútuo ao Mercado

Em troca da redução tarifária, a Suíça concordou em remover barreiras para as exportações americanas e oferecer acesso melhorado ao mercado para produtos agrícolas dos EUA. O acordo inclui cotas livres de tarifas para carne bovina americana (500 toneladas), aves (1.500 toneladas) e bisão, representando uma oportunidade importante para agricultores e pecuaristas americanos expandirem sua presença no mercado suíço.

'Este acordo coloca a Suíça em pé de igualdade com a União Europeia e cria condições equitativas para nossos exportadores,' observou um alto funcionário comercial suíço que pediu para permanecer anônimo.

Desequilíbrio Comercial Abordado

O acordo visa reduzir significativamente o déficit comercial de US$ 38,5 bilhões dos EUA com a Suíça e o Liechtenstein até 2028. A tarifa anterior de 39% havia sido imposta pelos EUA especificamente para abordar o que os funcionários americanos descreveram como um desequilíbrio comercial injusto entre os dois países.

O acordo também inclui disposições sobre proteção de propriedade intelectual, princípios de comércio digital, resiliência da cadeia de suprimentos e normas ambientais. Ambos os países se comprometeram a concluir as negociações detalhadas no primeiro trimestre de 2026, com as novas tarifas entrando em vigor logo em seguida.

Implicações Mais Amplas para o Comércio Mundial

Este acordo representa um desenvolvimento importante no contexto mais amplo da política comercial americana e poderia servir como modelo para futuros acordos comerciais bilaterais. A negociação bem-sucedida mostra que acordos bilaterais direcionados podem produzir resultados significativos, mesmo quando estruturas comerciais multilaterais maiores enfrentam desafios.

O acordo foi recebido com entusiasmo por líderes empresariais de ambos os lados do Atlântico, com muitos expressando alívio que as tensões comerciais foram resolvidas através do diálogo construtivo em vez de escalar para uma guerra comercial completa.

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