Europa busca expertise ucraniana para defesa contra drones

Líderes europeus na cúpula de Copenhague buscam expertise ucraniana para defesa contra drones. A Ucrânia oferece conhecimento de combates diários contra drones russos, enquanto líderes discutem implementação prática de planos de muro de drones da UE.

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Líderes europeus buscam conhecimento ucraniano sobre defesa contra drones

Líderes europeus estão ativamente buscando a expertise duramente conquistada da Ucrânia no combate a ameaças de drones durante a cúpula da Comunidade Política Europeia (CPE) em Copenhague. O encontro ocorre em um momento crucial, já que a Europa experimenta cada vez mais incursões de drones e deseja fortalecer suas capacidades de defesa.

'O único especialista no momento no mundo quando se trata de capacidades anti-drone é, infelizmente, a Ucrânia, porque eles lutam contra os drones russos quase todos os dias,' declarou a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen, que organizou a cúpula. 'Precisamos levar toda a experiência, toda a nova tecnologia, toda a inovação da Ucrânia e colocá-la em nosso próprio rearmamento.'

Experiência incomparável da Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou a disposição de seu país em compartilhar seu extenso conhecimento, especialmente com a Dinamarca após observações recentes de drones no país escandinavo. 'Claro que não ficaremos à margem,' declarou Zelensky, enfatizando que a Ucrânia 'tem a maior e mais relevante experiência em lidar com interferências de drones em todo o mundo.'

A importância da expertise da Ucrânia foi ainda mais enfatizada pelo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que observou: 'A Ucrânia é uma potência quando se trata de inovação, insights, por exemplo, quando se trata de tecnologia anti-drone, ameaças cibernéticas, etc.' Rutte enfatizou a importância da Ucrânia compartilhar insights adquiridos durante mais de três anos de 'este terrível ataque total russo, não provocado.'

O debate sobre o muro de drones

As discussões seguem conversas recentes da UE sobre a criação de uma extensa 'muralha de drones' para a proteção do espaço aéreo europeu. No entanto, os líderes expressaram cautela sobre a implementação prática de tais projetos ambiciosos.

O presidente lituano Gitanas Nausėda, cujo país faz fronteira com a aliada da Rússia, Bielorrússia, alertou sobre os enormes custos de criar um sistema que pudesse proteger cada centímetro do território. Ele defendeu uma abordagem mais direcionada para a defesa contra drones.

O primeiro-ministro polonês Donald Tusk, cujo país experimentou uma incursão significativa de drones em setembro de 2025, quando drones russos invadiram o espaço aéreo polonês, entendeu as preocupações sobre a eficácia de tais muros. Tusk observou que desejava que as discussões sobre melhorar as capacidades de defesa contra drones na Europa já estivessem mais avançadas e que as decisões sobre financiamento já tivessem sido tomadas.

Expectativas realistas

Frederiksen ofereceu uma perspectiva sóbria sobre as limitações dos sistemas de defesa contra drones. 'Não acho que chegaremos a uma conclusão onde nenhum drone voe para a Europa ou nenhuma sabotagem será vista,' declarou ela, reconhecendo a natureza persistente da ameaça.

A cúpula da CPE, que reúne quase 50 líderes europeus, representa a visão do presidente francês Emmanuel Macron para promover o diálogo e a cooperação além das fronteiras da UE. Fundada em 2022 após a invasão russa em larga escala da Ucrânia, a Comunidade Política Europeia visa fortalecer a segurança e a estabilidade em todo o continente.

O encontro atual marca a sétima cúpula da CPE desde sua fundação, com reuniões anteriores em Praga, Tirana e outras capitais europeias. A exclusão da Rússia e da Bielorrússia desses encontros enfatiza as divisões políticas decorrentes do conflito em curso na Ucrânia.

Preocupações de segurança mais amplas

Além da defesa contra drones, a cúpula aborda vários desafios de segurança que a Europa enfrenta. Espera-se que as discussões tratem de segurança econômica, tráfico de drogas e questões de migração - todos aspectos interconectados da estabilidade continental.

A participação de países fora da UE, incluindo Reino Unido, Moldávia, Suíça e Geórgia, mostra o amplo consenso sobre a importância de medidas de segurança coletivas face às ameaças emergentes.

Enquanto a Europa continua a navegar por desafios complexos de segurança, a disposição de aprender com a experiência de combate da Ucrânia representa uma abordagem pragmática para enfrentar a natureza evolutiva da guerra moderna e dos requisitos de defesa.

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