UE apoia Polónia após violação aérea russa com drones

Polónia invoca Artigo 4 da NATO após abater drones russos, desencadeando resposta de segurança da UE incluindo iniciativa Eastern Flank Watch e aliança de drones com a Ucrânia.

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Tensões da NATO aumentam após abate de drones russos

A Polónia invocou o Artigo 4 da NATO pela oitava vez nos 76 anos de história da aliança, após abater na quarta-feira pelo menos três drones russos que violaram o seu espaço aéreo. O incidente marca uma das escaladas mais graves no conflito na Ucrânia e coloca a Europa mais perto de um confronto direto com a Rússia do que nunca desde a Segunda Guerra Mundial.

União Europeia responde com iniciativa de segurança

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, respondeu com uma importante iniciativa política durante o seu discurso sobre o Estado da União: 'Não há dúvida: o flanco oriental da Europa mantém toda a Europa segura. Do Mar Báltico ao Mar Negro. Por isso, devemos investir em apoio através de uma Vigilância do Flanco Oriental.'

A nova iniciativa inclui capacidades de vigilância espacial em tempo real e uma 'parede de drones' para proteger os Estados-Membros da UE que fazem fronteira com a Rússia. Von der Leyen anunciou também uma aliança de drones com a Ucrânia e condenou a Rússia pelo que chamou de 'uma violação imprudente e sem precedentes do espaço aéreo polaco e europeu.'

Reações internacionais e medidas de segurança

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, descreveu a situação como 'mais perto de um conflito aberto do que nunca desde a Segunda Guerra Mundial', mas enfatizou que 'não há razão para afirmar que estamos em guerra'.

Líderes europeus expressaram apoio unânime à Polónia. O presidente italiano Sergio Mattarella alertou que 'estamos numa encosta onde podemos deslizar para um abismo de violência descontrolada', traçando paralelos com o ambiente anterior à Primeira Guerra Mundial.

O chanceler alemão Friedrich Merz acusou a Rússia de 'colocar vidas humanas em perigo num país que faz parte da NATO e da UE', enquanto o presidente francês Emmanuel Macron classificou o incidente como 'simplesmente inaceitável'.

Respostas de segurança imediatas

Em resposta ao incidente, a Letónia encerrou o seu espaço aéreo ao longo da fronteira com a Rússia e a Bielorrússia por uma semana, enquanto a Polónia impôs restrições de tráfego aéreo ao longo da sua fronteira oriental com a Bielorrússia e a Ucrânia. Estas medidas permanecem em vigor até 9 de dezembro e cobrem altitudes do nível do solo até 3.000 metros, com todo o tráfego aéreo civil proibido do pôr ao nascer do sol.

A UE prepara o seu 19.º pacote de sanções contra a Rússia, visando a eliminação acelerada de combustíveis fósseis russos, o combate à 'frota fantasma' que ajuda Moscovo a contornar as sanções petrolíferas, e o incentivo a países terceiros para reforçar a conformidade. A união também trabalha para libertar ativos russos congelados para financiar os esforços de guerra da Ucrânia.

De acordo com funcionários da NATO, isto representa o teste mais sério à determinação da aliança desde o início da invasão em larga escala da Rússia na Ucrânia em 2022.

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