
Trump antecipa prazo para cessar-fogo na Ucrânia
O presidente dos EUA, Donald Trump, antecipou significativamente o prazo para um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Durante uma coletiva de imprensa após um encontro com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer na Escócia, Trump anunciou um novo prazo de "dez a doze dias" - uma aceleração significativa em relação ao prazo anterior de 2 de setembro.
Ameaça de pesadas sanções econômicas
Trump reiterou sua ameaça de impor "tarifas secundárias" de cerca de 100% a países que compram petróleo russo, incluindo China e Índia. Essa estratégia de pressão econômica é considerada mais eficaz do que sanções diretas contra a Rússia, dada a limitada relação comercial entre Washington e Moscou.
Frustração com Putin e negociações fracassadas
Expressando decepção com o presidente russo Vladimir Putin, Trump observou que três rodadas de negociações entre delegações russas e ucranianas nos últimos dois meses não produziram progressos significativos, exceto por trocas de prisioneiros. Esse impasse diplomático persiste apesar da intensificação das operações militares russas, com ataques diários de drones e mísseis na Ucrânia.
Escalação recente das hostilidades
Na noite passada, a Rússia lançou, segundo relatos da defesa aérea ucraniana, 324 drones, 4 mísseis de cruzeiro e 3 mísseis balísticos. Autoridades regionais confirmaram pelo menos oito civis feridos nesses ataques coordenados, que continuam um padrão de semanas de violência crescente.
Postura desafiadora do Kremlin
O Kremlin mantém uma postura de rejeição aos ultimatos de Trump, alegando que as sanções têm efeito mínimo na economia russa. Funcionários russos repetem exigências de que a Ucrânia reconheça territórios anexados, aceite a "desnazificação", reduza a capacidade militar e abandone aspirações à OTAN - condições que Kiev consistentemente rejeitou.
Contexto histórico do conflito
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou com a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e escalou para uma invasão total em fevereiro de 2022. As relações diplomáticas foram rompidas após a invasão, com negociações de paz repetidamente fracassando devido a divergências fundamentais sobre soberania territorial e arranjos de segurança.