Euro ainda não tem chance como moeda de reserva global: 'Falta confiança'

O euro tem poucas chances de substituir o dólar como moeda de reserva global devido à falta de confiança e ao cumprimento das regras financeiras na UE, segundo o macroeconomista Edin Dirk.

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Desde que o governo Trump chegou ao poder nos EUA, há vozes na Europa defendendo um papel maior para o euro na economia mundial. Alguns até acreditam que, sob esta administração americana, o dólar pode ser destronado como moeda de reserva global. Mas o macroeconomista Jan Foesten alerta que isso é mais fácil falar do que fazer. 'Entendo perfeitamente que se queira promover o euro agora, mas não vamos fingir que isso acontecerá rapidamente.'

A economista-chefe Marieke Blom, do ING, publicou um artigo no Financial Times esta semana, a presidente do BCE, Christine Lagarde, defendeu a ideia em uma palestra, e a economista Heleen Mees argumentou a favor no podcast News Clearly Boekestijn e de Wijk: a Europa deve aproveitar o momento e emitir títulos europeus conjuntos, os Eurobonds, rapidamente. Não apenas para arrecadar fundos para investimentos em defesa, mas também porque este seria o momento ideal para o euro destronar o dólar como moeda de reserva global. Para isso, é essencial que haja liquidez suficiente para negociar títulos europeus.

No entanto, De Groot alerta que alcançar o status de moeda de reserva global exige mais. 'Você precisa da confiança do mundo. E isso não se conquista emitindo mais Eurobonds. O euro existe há pouco mais de 25 anos. A moeda ainda é jovem. Ainda paira sobre o mercado a questão: o euro existirá daqui a dez anos?'

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