O Furacão Melissa, uma tempestade recorde de categoria 5, causou pelo menos 25 mortes no Haiti e devastação generalizada na Jamaica e Cuba. A tempestade deslocou milhares e continua a ameaçar as Bahamas e Bermuda.
Tempestade catastrófica deixa rastro de destruição no Caribe
O Furacão Melissa, um dos mais poderosos furacões do Atlântico já registrados, deixou um rastro de devastação no Caribe com pelo menos 25 mortes confirmadas no Haiti e danos generalizados na Jamaica e Cuba. O furacão de categoria 5, que igualou recordes de intensidade, deslocou milhares de pessoas e causou inundações catastróficas em toda a região.
Haiti é o mais afetado
Na cidade costeira de Petit-Goâve, a sudoeste de Porto Príncipe, o rio La Digue transbordou na madrugada de quarta-feira, arrastando casas e prendendo residentes sob lama e destroços. 'O rio inundou subitamente por volta das 3h da manhã e destruiu tudo em seu caminho,' disse o prefeito Subrème, que relatou as 25 vítimas fatais à Associated Press. 'Precisamos urgentemente de apoio governamental para as vítimas.'
De acordo com reportagem do Haitian Times, pelo menos 10 das vítimas eram crianças e outras 13 pessoas estão desaparecidas. As inundações deslocaram aproximadamente 900 famílias, com mais de 3.650 pessoas buscando abrigo em instalações públicas na região de Grand Sud.
Intensidade recorde da tempestade
O Furacão Melissa atingiu seu pico de intensidade com ventos máximos de 295 km/h e uma pressão central de 892 milibares, igualando-se ao furacão de 1935 como o terceiro mais intenso do Atlântico já registrado. O PBS NewsHour relatou que a tempestade atingiu a Jamaica como um furacão catastrófico de categoria 5, um dos mais fortes furacões do Atlântico já registrados.
'Esta tempestade sofreu rápida intensificação extrema de tempestade tropical para furacão categoria 4 em apenas 24 horas,' observaram meteorologistas do The Weather Channel. 'Ela manteve o status de categoria 5 por 36 horas, causando danos sem precedentes.'
Jamaica e Cuba devastadas
Na Jamaica, onde Melissa atingiu diretamente, a tempestade arrancou telhados de casas, cortou energia para 77% da ilha e forçou mais de 25.000 pessoas a abrigos. Tragicamente, um bebê morreu quando uma árvore caiu sobre uma casa durante o pico de intensidade da tempestade.
Cuba sofreu danos extensos quando a tempestade passou pelas regiões orientais, com casas desabadas, estradas montanhosas bloqueadas e cerca de 735.000 pessoas em abrigos. A CNBC relatou que o furacão pode ter agravado a severa crise econômica de Cuba, com inundações extensas na província de Granma.
Ameaça contínua e resposta internacional
A tempestade, agora enfraquecida para categoria 2 com ventos de 160 km/h, continua a ameaçar as Bahamas e deve atingir Bermuda na quinta-feira à noite. O rastreamento do Zoom Earth mostra que o furacão traz condições de tempestade tropical para o sudeste das Bahamas com marés de tempestade perigosas de 1,2-2,1 metros acima dos níveis normais.
Os Estados Unidos implantaram equipes de resposta a desastres para ajudar nas operações de recuperação nos países caribenhos afetados. A ajuda internacional foi mobilizada, incluindo US$ 300.000 da World Vision Haiti e US$ 4 milhões do fundo central de emergência da ONU para ajudar comunidades afetadas.
'A recuperação deste nível de devastação levará meses, se não anos, nas regiões mais afetadas,' declararam coordenadores de ajuda humanitária trabalhando na área.
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