Um fugitivo holandês de 23 anos, com 12 anos de pena a cumprir, foi preso em Viena após uma perseguição policial. Sob um Mandado de Detenção Europeu por sequestro e assaltos, ele aguarda agora extradição para os Países Baixos.
Fugitivo holandês preso após perseguição espetacular em Viena
Um fugitivo holandês de 23 anos, que ainda tem uma pena de prisão de doze anos para cumprir nos Países Baixos, foi preso em Viena, Áustria, após uma espetacular perseguição policial pela capital austríaca. O incidente ocorreu nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, quando a polícia de Viena tentou realizar uma verificação de rotina em um veículo com três ocupantes.
A perseguição que abalou Viena
De acordo com a emissora austríaca ORF e o jornal holandês AD, o motorista holandês recusou-se a parar para a polícia e fugiu, atingindo velocidades de até 150 quilômetros por hora dentro da área urbana. A perseguição durou vários quilômetros pelas ruas de Viena antes de chegar a um fim dramático.
Durante a perseguição, um passageiro do sexo masculino saltou do veículo em movimento e tentou escapar a pé, mas foi rapidamente detido pela polícia. Algumas centenas de metros adiante, o motorista também abandonou o carro e fugiu, sendo preso pouco depois. A passageira restante, uma mulher, assumiu o volante, mas não foi muito longe antes de ser detida.
Antecedentes criminais graves e Mandado de Detenção Europeu
O holandês preso estava sob um Mandado de Detenção Europeu (MDE) emitido pelas autoridades holandesas. Ele havia sido condenado nos Países Baixos por sequestro, tomada de reféns e assaltos à mão armada e ainda tinha doze anos de sua pena para cumprir. O sistema do Mandado de Detenção Europeu, implementado em 2004, revolucionou a cooperação judicial transfronteiriça na UE, substituindo os longos procedimentos de extradição por um método de entrega judicial simplificado.
'O Mandado de Detenção Europeu representa uma mudança fundamental na forma como os países da UE cooperam em matéria penal,' explica o especialista jurídico Dr. Markus Weber. 'Ele transforma o que antes eram decisões políticas sobre extradição em procedimentos judiciais que devem ser concluídos dentro de prazos rigorosos—geralmente 60 dias para uma decisão final.'
Cooperação policial internacional em ação
A prisão bem-sucedida destaca a eficácia dos mecanismos de cooperação policial internacional dentro da União Europeia. A Áustria e os Países Baixos participam de várias estruturas de cooperação, incluindo a Europol, Equipes de Investigação Conjunta e a ENFAST (European Network of Fugitive Active Search Teams), que coordena a busca por criminosos procurados internacionalmente em 39 países.
De acordo com informações do governo holandês, a cooperação policial internacional tornou-se cada vez mais sofisticada, com treinamento especializado para agentes envolvidos em operações transfronteiriças e procedimentos padronizados para perseguir suspeitos além das fronteiras nacionais.
Acusações adicionais e descobertas da investigação
A investigação policial revelou que todos os três ocupantes do veículo estavam fortemente sob a influência de cannabis no momento do incidente. Além disso, tanto o motorista holandês quanto a passageira estavam dirigindo sem uma carteira de habilitação válida.
Os dois passageiros estão agora sendo processados pelas autoridades austríacas por seu envolvimento no incidente, enquanto o fugitivo holandês foi transferido para um centro de detenção, onde aguarda os procedimentos de extradição para retornar aos Países Baixos e cumprir o restante de sua pena.
'Este caso demonstra como os mecanismos de cooperação judicial europeus funcionam na prática,' diz a porta-voz da polícia de Viena, Anna Schmidt. 'Quando alguém tenta escapar da justiça cruzando fronteiras, nossos sistemas são projetados para garantir que eles não possam simplesmente desaparecer.'
Implicações mais amplas para a cooperação judicial da UE
O sistema do Mandado de Detenção Europeu, embora em alguns aspectos controverso devido a preocupações com proporcionalidade e proteção dos direitos humanos, melhorou significativamente a eficiência da justiça penal transfronteiriça na UE. De acordo com estatísticas de justiça da UE, os tempos de entrega sob o sistema MDE foram reduzidos para uma média de 16-21 dias quando o suspeito consente com a entrega, e 45-72 dias sem consentimento—uma melhoria dramática em relação aos procedimentos de extradição tradicionais, que podiam levar meses ou mesmo anos.
O relatório de 2025 do Serviço de Estudos do Parlamento Europeu sobre o sistema MDE observa esforços contínuos para equilibrar eficiência com a proteção de direitos fundamentais, refletindo a evolução do sistema desde sua implementação há duas décadas.
O holandês preso agora enfrenta a perspectiva de retornar à prisão holandesa para cumprir sua pena de 12 anos, enquanto as autoridades austríacas continuam sua investigação sobre as infrações adicionais durante a perseguição policial em Viena.
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