Ucrânia Pronta para Novas Negociações de Paz
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que seu país está disposto a realizar mais conversas sobre a proposta de paz americana para encerrar a guerra com a Rússia. Em um desenvolvimento significativo, Zelensky enfatizou a necessidade de discutir aspectos sensíveis da proposta através de diálogos diretos com o presidente Donald Trump, com aliados europeus presentes na mesa de negociações. 'Ainda há muito trabalho a ser feito,' declarou Zelensky, referindo-se à complexidade dos esforços diplomáticos em curso.
Quadro Revisado de 28 Pontos
O plano original de 28 pontos apresentado pelos Estados Unidos e Rússia passou por modificações após consultas extensivas com líderes ucranianos e parceiros europeus. Segundo funcionários da Casa Branca, essas mudanças representam ajustes em 'detalhes' em vez de alterações fundamentais no quadro. A proposta, que inicialmente exigia que a Ucrânia cedesse território adicional além dos aproximadamente 20% atualmente ocupados pela Rússia e reduzisse significativamente suas tropas militares, tem sido uma fonte de desacordo entre Kiev e Moscou.
Envolvimento Europeu e Contrapropostas
Líderes europeus têm desempenhado um papel cada vez mais ativo no processo de paz, com Zelensky realizando uma videoconferência que incluiu pela primeira vez o secretário de Estado americano Marco Rubio junto com colegas europeus. O presidente ucraniano pediu aos aliados europeus que desenvolvam um plano abrangente para o envio de uma força de estabilização internacional na Ucrânia e continuem apoiando seu país enquanto Moscou não demonstrar intenção genuína de encerrar as hostilidades. 'Líderes europeus repetidamente afirmaram que fronteiras não podem ser alteradas pela força,' observou um alto diplomata da UE, refletindo a posição firme do continente sobre integridade territorial.
Momento Diplomático Ganha Força
Os últimos dias testemunharam atividade diplomática intensificada, com delegações americanas encontrando-se tanto com funcionários ucranianos quanto russos. O presidente Trump enviou o enviado especial Steve Witkoff a Moscou para discussões com o presidente russo Vladimir Putin, enquanto simultaneamente despachou o secretário do Exército Dan Driscoll a Kiev para encontrar-se com autoridades ucranianas. 'Estamos muito perto de um acordo,' observou Trump, embora não tenha fornecido um cronograma específico para quando acordos finais poderiam ser alcançados.
Obstáculos Principais Persistem
As questões mais controversas continuam girando em torno de concessões territoriais e limitações militares. A Ucrânia manteve consistentemente que nunca concordará formalmente em ceder território ucraniano, enquanto a Rússia parece relutante em fazer concessões sobre suas reivindicações territoriais. Segundo fontes familiarizadas com as negociações, a Ucrânia e seus aliados propuseram modificações em aspectos críticos do plano, sugerindo que as linhas de frente possam ser 'congeladas' em vez de áreas serem formalmente cedidas, e apenas reduções militares limitadas sejam aceitas em vez dos cortes substanciais inicialmente propostos.
Pressão Internacional e Sanções
Líderes europeus enfatizaram a importância de manter pressão sobre a Rússia através de sanções contínuas. A França e outros países trabalham para liberar ativos russos congelados para garantir apoio financeiro à reconstrução da Ucrânia. Também há discussões sobre o estabelecimento de uma força-tarefa conjunta entre os Estados Unidos e países da coalizão para garantir garantias de segurança para a Ucrânia uma vez que a paz seja alcançada. 'A bola agora está com a Rússia,' observou um funcionário ocidental envolvido nas negociações, destacando o papel crucial de Moscou em determinar se o progresso pode ser feito para encerrar o conflito de quase quatro anos que ceifou dezenas de milhares de vidas e deslocou milhões de ucranianos.