Decisão histórica na cimeira em Haia
Durante a cimeira da OTAN de 2025 em Haia, Países Baixos, nos dias 24-25 de junho, os Estados-membros anunciaram um pacote de ajuda revolucionário para a Ucrânia, reforçando o apoio da aliança a Kiev na defesa contra a agressão russa. A cimeira marcou um ponto de viragem quando os aliados concordaram em incluir a assistência militar à Ucrânia nas suas despesas de defesa nacionais, institucionalizando assim o apoio no quadro estratégico de longo prazo da OTAN. 'Este passo trata a segurança da Ucrânia como fundamental para a nossa segurança coletiva euro-atlântica,' disse um alto funcionário da OTAN durante o encontro. A decisão garante que as contribuições para a defesa da Ucrânia e sua indústria de defesa sejam contabilizadas na meta de 5% do PIB para despesas de defesa até 2035, com 3,5% alocados para capacidades militares centrais e 1,5% para necessidades de defesa mais amplas.
Logística e coordenação via NSATU
O Comando da OTAN para Assistência de Segurança e Treinamento para a Ucrânia (NSATU), com sede em Wiesbaden, Alemanha, desempenha um papel central na coordenação da assistência. Estabelecido no final de 2023 e totalmente operacional em 2025, o NSATU gere agora mais de 60% dos €50 mil milhões em apoio militar dos aliados europeus e do Canadá. Com aproximadamente 700 funcionários de 31 países da OTAN e parceiros, incluindo Austrália e Nova Zelândia, o comando supervisiona o treinamento, entrega de equipamentos e logística. 'Estamos a mover-nos o mais rápido possível para dar à Ucrânia as capacidades necessárias,' enfatizou o general Alexus G. Grynkewich, comandante supremo aliado da Europa da OTAN, durante uma visita recente ao NSATU. O Nó de Ativação Logística-Polónia (LEN-P) do comando processa aproximadamente 18.000 toneladas de material militar doado por mês e facilita o movimento de mais de 6.700 toneladas de equipamentos através de hubs na Polónia.
Contribuições dos Estados-membros e despesas de defesa
Os países da OTAN forneceram 99% da assistência militar à Ucrânia desde a invasão russa em larga escala em 2022, com mais de €35 mil milhões em apoio adicional apenas este ano. Contribuições significativas incluem €5 mil milhões da Alemanha, £1,6 mil milhões do Reino Unido e €4,3 mil milhões dos Países Baixos. O comunicado da cimeira confirmou que estas doações são agora integradas nas métricas de despesas de defesa, incentivando o apoio sustentável. 'A inclusão da assistência nos nossos cálculos garante que a Ucrânia permaneça uma prioridade no nosso planeamento de longo prazo,' observou um delegado de um importante país da OTAN. Esta abordagem visa abordar lacunas de curto prazo através de um fundo fiduciário gerido pelo Ministério da Defesa britânico, enquanto o NSATU coordena reparações e atualizações na indústria de defesa da Ucrânia.
Implicações mais amplas e perspetivas futuras
O pacote de ajuda e as melhorias logísticas sublinham a evolução da OTAN do apoio voluntário para compromissos institucionalizados. A cimeira também se concentrou em acelerar a cooperação industrial de defesa transatlântica, removendo barreiras comerciais e expandindo projetos de inovação conjunta. Cimeiras futuras estão planeadas para a Turquia em 2026 e Albânia em 2027, onde será discutido apoio adicional para o caminho da Ucrânia para a adesão à OTAN. Enquanto o conflito continua, o papel do NSATU no treinamento de 25.000 tropas ucranianas e na integração de oficiais ucranianos na sua estrutura destaca a integração aprofundada. 'Esta coordenação oferece à Ucrânia maior garantia de segurança enquanto defende a sua soberania,' disse Olha Stefanishyna, vice-primeira-ministra da Ucrânia. As iniciativas refletem uma posição unificada em meio a tensões geopolíticas, mantendo a entrega de assistência eficiente e alinhada com as necessidades em evolução da Ucrânia.
Para mais detalhes, consulte a página oficial da cimeira da OTAN e atualizações do NSATU.