Pena perpétua mantida apesar de problemas de saúde
O mecanismo residual das Nações Unidas para tribunais criminais rejeitou o pedido do ex-líder militar sérvio-bósnio Ratko Mladic para libertação antecipada por motivos médicos. O criminoso de guerra de 83 anos continuará cumprindo sua sentença perpétua na prisão da ONU em Haia.
Avaliação de saúde e decisão judicial
A juíza Graciela Gatti Santana reconheceu a deterioração da saúde de Mladic, mas afirmou que as evidências médicas não justificam sua libertação. "Conselhos médicos irrefutáveis mostram que Mladic está se aproximando do fim da vida", declarou ela, acrescentando que ele não tem uma condição terminal aguda.
Contexto dos crimes de guerra
Mladic foi condenado em 2017 por genocídio, crimes contra a humanidade e violações das leis de guerra durante o conflito na Bósnia (1992-1995). Suas tropas cometeram o massacre de Srebrenica em julho de 1995, onde mais de 8.000 homens muçulmanos bósnios foram mortos. O tribunal rejeitou a defesa de Mladic de que subordinados agiram por conta própria.
Condições atuais de detenção
O tribunal considerou que a saúde de Mladic permanece "frágil, mas estável" com cuidados médicos adequados na prisão. Registros médicos indicam distúrbios cognitivos e várias internações hospitalares este ano.