A China enfrenta desafios significativos em sua política em relação a Mianmar, segundo pesquisadores da Green Growth Asia Consultant e da Australian National University em artigo publicado no The Diplomat. Pequim importa mais da metade de seus elementos de terras raras naturais do vizinho assolado por conflitos civis e mantém relações estreitas tanto com a junta militar de Mianmar quanto com vários grupos rebeldes.
Mianmar, que recentemente foi manchete devido a um terremoto devastador de 7,7 na escala Richter, tem sido palco de uma guerra civil há décadas. O país é um dos principais fornecedores de elementos de terras raras para a China.
Embora a China responda por quase 90% da capacidade global de processamento de metais de terras raras, importa uma parte significativa deles de outros países, especialmente Mianmar, Laos e Malásia. Em 2024, Mianmar forneceu 44.000 toneladas de elementos de terras raras à China, representando cerca de 57% do total das importações.
Isso coloca Mianmar como uma prioridade estratégica máxima para os formuladores de políticas em Pequim, já que a geopolítica é moldada por quem tem melhor acesso a metais e minerais raros. No entanto, isso exige um delicado equilíbrio por parte da China, dado o crescente cenário de instabilidade em Mianmar.