Desemprego juvenil atinge novo pico: Causas e respostas regionais
O desemprego juvenil atingiu níveis alarmantes em todo o mundo, com percentagens consistentemente mais altas do que as dos adultos. Em 2025, o problema tornou-se um ponto de atenção urgente, especialmente em regiões como a África, onde o desemprego juvenil em alguns países ultrapassa os 50%. Este artigo explora as causas desta crise e as respostas regionais destinadas a reduzir o seu impacto.
A crise global do desemprego juvenil
O desemprego juvenil refere-se à parcela da população ativa entre os 15 e os 24 anos que procura ativamente emprego, mas não consegue encontrar trabalho. Segundo a Comissão Europeia, as taxas de desemprego juvenil na UE têm sido aproximadamente o dobro das taxas gerais de desemprego na última década. Esta diferença destaca os desafios únicos enfrentados pelos jovens à procura de emprego, incluindo barreiras sistémicas como o racismo e as desigualdades de classe e género.
Causas do desemprego juvenil
As principais causas do desemprego juvenil são:
- Educação e competências: Muitos sistemas de ensino não conseguem equipar os estudantes com as competências exigidas pelo mercado de trabalho. Na Tunísia, por exemplo, 40% dos licenciados estão desempregados, em comparação com 24% dos não licenciados.
- Rigidez do mercado de trabalho: Regras estritas de proteção do emprego desencorajam os empregadores de contratar jovens, com receio de dificuldades em despedi-los durante crises económicas.
- Desigualdades estruturais: As desigualdades raciais e de género agravam as taxas de desemprego. Na Turquia, a taxa de desemprego entre mulheres licenciadas é três vezes superior à dos homens.
Respostas regionais
Governos e organizações estão a implementar várias estratégias para combater o desemprego juvenil:
- África: A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) promove a mobilidade laboral livre entre os seus membros para aproveitar o benefício demográfico da região. Países como o Gana oferecem acesso sem visto a africanos para facilitar a mobilidade laboral.
- Europa: A UE está a expandir programas de vistos de trabalho para adaptar competências a carências laborais, especialmente em setores como a saúde e os transportes.
- Ásia: Iniciativas como o Departamento de Trabalhadores Migrantes das Filipinas visam proteger os direitos dos trabalhadores migrantes, um modelo que também poderia ajudar países africanos dependentes de remessas.
Conclusão
A crise do desemprego juvenil exige uma abordagem multifacetada, com reformas educativas, flexibilidade do mercado de trabalho e cooperação regional. Sem ação urgente, as consequências económicas e sociais podem ser devastadoras, especialmente em regiões com uma população jovem em rápido crescimento.