Suriname: Facada em massa mata 10, incluindo 6 crianças

Ataque de faca em massa em Meerzorg, Suriname, mata 10 pessoas, incluindo 6 crianças. Suspeito com problemas de saúde mental atacou após conflito relacional. Presidente Simons e líderes internacionais chocados, crise de saúde mental destacada.

Tragédia noturna em Suriname choca a comunidade

Um terrível ataque de faca em massa na cidade de Meerzorg, no Suriname, deixou dez mortos, incluindo seis crianças, em um dos incidentes de violência mais devastadores da história recente do país. O ataque ocorreu na noite de 27 para 28 de dezembro de 2025 na comunidade a leste da capital Paramaribo, enviando ondas de choque pela pequena nação sul-americana.

O ataque e as consequências imediatas

De acordo com relatórios policiais, o suspeito - um homem local com problemas de saúde mental, segundo as autoridades - entrou em um frenesi que tirou a vida de cinco de seus próprios filhos e de outras cinco vítimas. A tragédia se desenrolou quando a mulher, de quem o homem vivia separado, informou que não buscaria as crianças pessoalmente, mas enviaria outra pessoa. 'Após essa comunicação, o pai atacou as crianças,' revelaram investigadores policiais.

A violência escalou quando vizinhos tentaram ajudar, resultando em quatro adultos que sofreram ferimentos por faca fatais ao tentarem intervir. Um adulto sobrevivente ficou gravemente ferido e foi levado para um hospital próximo. 'O suspeito resistiu à prisão e atacou agentes com uma faca,' disse um porta-voz da polícia. 'Os agentes tiveram que atirar em suas pernas para subjugá-lo.' O suspeito ferido foi internado no hospital sob custódia policial.

Reações nacionais e internacionais

A presidente do Suriname, Jennifer Simons, a primeira mulher a ocupar o cargo, que assumiu em julho de 2025, expressou profundo choque com a tragédia. 'Em um período em que família e amigos deveriam se unir e apoiar, somos confrontados com a dura realidade de que o mundo também tem outro lado,' escreveu ela no Facebook. A presidente expressou suas mais profundas condolências às famílias afetadas.

A tragédia teve repercussão internacional, com o político holandês Rob Jetten, do partido D66, expressando sua repulsa nas redes sociais. 'Estou profundamente chocado,' escreveu ele, desejando às vítimas e suas famílias 'toda a força e coragem neste momento inimaginavelmente difícil.' A Holanda mantém laços estreitos com sua ex-colônia, onde o holandês permanece como língua oficial.

Crise de saúde mental no Suriname

O incidente destacou os desafios contínuos de saúde mental no Suriname. De acordo com dados sobre saúde mental, o Suriname tem uma das taxas de suicídio mais altas das Américas, com 25,0 por 100.000 pessoas. O país implementou uma Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio (2020-2025) e mantém linhas de apoio em crise, mas os recursos permanecem limitados, especialmente em áreas rurais.

O Ministro da Justiça e Polícia, Monorath, confirmou que o suspeito tinha problemas de saúde mental, levantando questões sobre os sistemas de apoio à saúde mental no país. 'Esta tragédia sublinha a necessidade urgente de melhor atendimento em saúde mental e redes de apoio comunitário,' disse um assistente social local que pediu para permanecer anônimo.

Comunidade em luto

Meerzorg, uma cidade com cerca de 10.000 habitantes do outro lado do rio Suriname, em frente a Paramaribo, foi isolada enquanto equipes forenses continuam sua investigação. A comunidade, conhecida por sua conexão por ponte com a capital, está devastada pela violência que dilacerou várias famílias.

O Suriname, com uma população de cerca de 612.985 de acordo com dados da Wikipedia, é o menor país da América do Sul tanto em população quanto em território. A nação, que conquistou a independência da Holanda em 1975, agora enfrenta a difícil tarefa de se curar desta profunda tragédia enquanto aborda problemas sistêmicos que podem ter contribuído para o ocorrido.

Enquanto as investigações continuam, o foco muda para apoiar os sobreviventes, confortar as famílias enlutadas e prevenir tragédias semelhantes por meio de intervenções aprimoradas em saúde mental e medidas de segurança comunitária.

Sara Johansson

Sara Johansson é uma premiada jornalista sueca conhecida por suas narrativas imersivas e aprofundadas sobre mudanças climáticas e patrimônio cultural. Ela ensina jornalismo narrativo na Universidade de Lund.

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