Ataque Terrorista em Sinagoga de Manchester: Autor Estava Solto sob Fiança
O homem que cometeu um ataque terrorista mortal em uma sinagoga em Manchester durante os serviços de Yom Kipur estava em liberdade condicional da polícia por uma suposta acusação de estupro no momento do ataque, confirmaram as autoridades. Jihad Al-Shamie, um cidadão britânico de 35 anos de origem síria, atropelou fiéis com seu carro e depois partiu para um ataque de faca do lado de fora da Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation em 2 de outubro de 2025.
Detalhes do Ataque e Ação Policial
O ataque ocorreu por volta das 9h31 (horário de verão britânico) quando Al-Shamie dirigiu seu veículo contra pedestres reunidos do lado de fora da sinagoga para o Yom Kipur, o dia mais sagrado do calendário judaico. Ele então saiu do carro com uma faca e começou a esfaquear os fiéis. Agentes armados da polícia responderam em sete minutos e atiraram no agressor às 9h38, impedindo que ele entrasse no prédio da sinagoga.
O comissário-chefe Sir Stephen Watson da Polícia de Greater Manchester declarou: 'Acredita-se atualmente que o suspeito não estava portando uma arma de fogo e que os únicos tiros foram disparados pelos agentes autorizados de armas de fogo da GMP enquanto trabalhavam para impedir que o agressor entrasse na sinagoga e causasse mais danos à nossa comunidade judaica.'
Vítimas e Consequências Trágicas
O ataque tirou a vida de dois homens inocentes: Adrian Daulby, 53, e Melvin Cravitz, 66. Em uma revelação devastadora, a polícia confirmou que Daulby provavelmente foi baleado acidentalmente por agentes que respondiam ao ataque enquanto ele heroicamente mantinha as portas da sinagoga fechadas para impedir a entrada do agressor.
A família de Daulby o descreveu como 'uma alma gentil e inocente que morreu em um ato de coragem para salvar outros.' Cravitz, que servia como oficial de segurança da sinagoga, foi lembrado por sua família como 'uma pessoa bondosa e atenciosa que dedicou sua vida a proteger sua comunidade.'
Investigação e Detenções
A Polícia Antiterrorismo revelou que Al-Shamie havia sido preso anteriormente neste ano sob suspeita de estupro e liberado sob fiança aguardando investigações adicionais. Ele não era conhecido anteriormente pelas autoridades antiterrorismo, embora investigadores agora acreditem que ele 'possivelmente foi influenciado por ideologia islâmica extrema.'
Seis pessoas foram presas em conexão com o ataque, incluindo cinco homens entre 18 e 50 anos e uma mulher na casa dos 60 anos. Todos são suspeitos de crimes relacionados ao terrorismo envolvendo incitação ou preparação de atos terroristas.
Impacto na Comunidade e Resposta de Segurança
O ataque causou uma onda de choque na comunidade judaica do Reino Unido, em meio a crescentes preocupações sobre o aumento do antissemitismo. O primeiro-ministro Keir Starmer condenou o que chamou de 'um ataque terrorista desprezível' especificamente direcionado a judeus.
O rabino Daniel Walker, que liderava os serviços na época, foi elogiado por suas ações rápidas ao trancar os membros da congregação dentro da sinagoga e colocá-los em segurança. Ele descreveu o ataque como 'uma profanação que mudou todos nós para sempre.'
A Polícia de Greater Manchester implantou agentes adicionais em sinagogas em toda a região, enquanto a Community Security Trust pediu que as comunidades judaicas permanecessem vigilantes. O Independent Office for Police Conduct abriu uma investigação sobre os tiros da polícia que levaram à morte de Daulby.