Mercado de EVs de luxo na China em expansão
O mercado chinês de veículos elétricos (EVs) de luxo está experimentando um crescimento sem precedentes, com fabricantes premium competindo intensamente por compradores de alta renda. Em 2024, a China foi responsável por 60% da produção global de EVs, com vendas de EVs de luxo aumentando 35%, atingindo 8,1 milhões de unidades. Esse boom é impulsionado pelo aumento da renda disponível e pela mudança nas preferências dos consumidores por veículos high-tech e ecologicamente corretos.
Principais players e estratégias
Marcas domésticas como NIO e XPeng dominam o segmento de SUVs premium com assinaturas de "bateria como serviço" e recursos de IA. Fabricantes internacionais não ficam para trás: a Gigafactory da Tesla em Xangai agora produz 700.000 veículos por ano, enquanto a Volkswagen investiu US$ 700 milhões na XPeng para o desenvolvimento conjunto de EVs de médio porte. A Stellantis adquiriu 20% da Leapmotor para acelerar o desenvolvimento de EVs de luxo.
As guerras de preços se intensificaram. A Tesla reduziu os preços do Model Y em 30% desde 2022, enquanto o Yangwang U8 da BYD supera os concorrentes europeus com um preço de US$ 150.000. "O campo de batalha mudou do medo da autonomia para a supremacia tecnológica", observa o analista da indústria Zhang Wei.
Expansão global
As exportações chinesas de EVs de luxo aumentaram 80% em 2023, com 1,2 milhão de EVs premium enviados para todo o mundo. A expansão da NIO para a Europa e a fábrica de US$ 2 bilhões da VinFast na Carolina do Norte destacam a globalização agressiva. As estratégias tarifárias também evoluíram: a UE impôs tarifas de 15% sobre EVs chineses, enquanto o Inflation Reduction Act dos EUA incentiva a produção local.
Perspectivas futuras
Com os EVs de luxo representando 45% das vendas totais de automóveis na China em 2024, o setor está se consolidando. Dos 300 fabricantes de EVs na China em 2023, especialistas preveem que apenas 20-30 sobreviverão até 2027. Baterias de estado sólido de próxima geração da CATL e BYD prometem autonomia de 800 km, o que pode redefinir os padrões de desempenho premium até 2026.